Pesquisa do instituto Datafolha divulgada nesta terça-feira (31) pelo jornal “Folha de S. Paulo” aponta que 7 em cada 10 brasileiros negam a ideia de que armas trazem mais segurança para a população. Questionados se “a sociedade brasileira seria mais segura se as pessoas andassem armadas para se proteger da violência”, 72% dos entrevistados discordaram da afirmação. Os que concordam com a ideia são 26%.
O percentual que discorda da afirmação é maior entre mulheres (78%), pessoas que se autodeclaram pretas (78%) e com menor faixa de renda, de até dois salários mínimos (75%).
Entre os que concordam com a ideia estão os entrevistados com sexo masculino (32%), da região Norte (32%) e com renda familiar de mais de dez salários mínimos (37%).
O Datafolha também apontou que 71% dos entrevistados discordam da ideia de que é preciso facilitar o acesso de pessoas às armas, enquanto 28% concordam com o pensamento e 1% não soube responder.
É preciso facilitar o acesso de pessoas às armas?
- Concorda: 28%
- Discorda: 71%
- Não concorda nem discorda: 0%
- Não sabe: 1%
A proporção dos que discordam com a afirmação é maior entre mulheres (77%), pessoas que se autodeclaram pretas (78%) e jovens de 16 a 24 anos (75%). Os que mais concordam com a afirmação são homens (35%), pessoas da região Norte (34%) e pessoas com renda superior a dez salários mínimos (37%).
O levantamento também questionou os entrevistados se “o povo armado jamais será escravizado”, frase que o presidente Jair Bolsonaro (PL) já usou para defender o armamento da população. A maioria das respostas (69%) discordou da afirmação e 28% disseram concordar. Os que não sabem são 3% e os que não concordam nem discordam 1%.
A proporção que discorda com a afirmação é maior entre mulheres (73%), pessoas que moram no Sudeste (73%) e pessoas que se autodeclaram pretas (73%).
Os que mais concordam são brasileiros do Norte do país (40%), pessoas com renda superior a dez salários mínimos (41%) e empresários (52%).
O povo armado jamais será escravizado?
- Concorda: 28%
- Discorda: 69%
- Não concorda nem discorda: 1%
- Não sabe: 3%
A pesquisa ouviu 2.556 pessoas entre os dias 25 e 26 de maio em 181 cidades brasileiras. A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos.