A Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) informou que recebeu nesta terça-feira (7) a notificação de um segundo caso suspeito de de varíola dos macacos (monkeypox) no Ceará. O paciente é residente do município de Pacatuba, na Região Metropolitana de Fortaleza.
O primeiro caso notificado no Estado pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs Nacional) em 27 de maio, foi descartado pela pasta na segunda-feira (6), após investigação epidemiológica e laboratorial, com teste negativo para varíola.
Segundo a Sesa, este segundo caso segue em investigação epidemiológica. Além disso, a pasta afirma que “foram aplicadas todas as medidas recomendadas”, como isolamento domiciliar, busca de contatos e coleta de material para exames laboratoriais para avaliar o caso e diagnóstico diferencial para outras doenças, que estão em processamento.
“Salientamos que após investigação epidemiológica do caso, não foi identificado nenhum deslocamento para áreas em que foram confirmados casos e nem contato com pessoas com a doença. A vigilância em saúde da SESA permanece monitorando o caso”, disse a pasta.
Alerta sobre notificações de casos suspeitos
No fim de maio a Sesa emitiu uma nota de alerta orientando sobre as notificações de casos suspeitos da varíola do macaco (monkeypox). Informando que em caso de confirmação o aviso deve acontecer de forma imediata, em até 24 horas.
A notificação, segundo a Sesa, deve ser encaminhada por e-mail e telefone, por se tratarem de eventos de saúde pública (ESP), conforme disposto na portaria do Ministério da Saúde de 13 de maio de 2022 e portaria do estado do Ceará n° 2.854 de 9 de agosto de 2011.
A secretaria também elencou os tipos de casos; veja abaixo:
Caso suspeito: pessoa de qualquer idade que apresente início súbito de febre maior que 38,5 ºC, adenomegalia e erupção cutânea aguda inexplicável e que apresente um ou mais dos seguintes sinais ou sintomas:
- Dor nas costas
- Astenia
- Cefaleia
E excluindo as doenças que se enquadram como diagnóstico diferencial e/ou qualquer outra causa comum localmente relevante de erupção vesicular ou papular. *varicela, herpes zoster, sarampo, zika, dengue, Chikungunya, herpes simples, infecções bacterianas da pele, infecção gonocócica disseminada, sífilis primária ou secundária, cancróide, linfogranuloma venéreo, granuloma inguinal, molusco contagioso (poxvirus), reação alérgica (como a plantas).
Caso provável: pessoa que atende à definição de caso suspeito e um ou mais dos seguintes critérios:
- Ter um vínculo epidemiológico (exposição próxima e prolongada sem proteção respiratória;
- Contato físico direto, incluindo contato sexual;
Ou contato com materiais contaminados, como roupas ou roupas de cama) com um caso provável ou confirmado de Monkeypox, desde 15 de março de 2022, nos 21 dias anteriores ao início dos sintomas ou histórico de viagem para um país endêmico ou com casos confirmados de Monkeypox nos 21 dias anteriores ao início dos sintomas.
Caso confirmado: pessoa que atende à definição de caso suspeito ou provável que é confirmado laboratorialmente para o vírus da Monkeypox por teste molecular (qPCR e/ou sequenciamento).
Caso descartado: Pessoa que não atende aos requisitos necessários à sua confirmação como uma determinada doença.
Fonte: G1