A equipe do presidente da República voltou a defender o nome da ex-ministra da Agricultura Tereza Cristina para ser a candidata a vice no lugar de Braga Netto.
Nesta terça-feira (14), por sinal, o próprio presidente admitiu essa hipótese. Ele disse: (Braga Netto) é um nome palatável, é um nome de consenso, que sabe conversar com o Parlamento. É um colega meu da Academia militar. Ele pode ser vice. Alguns querem a Tereza Cristina, um excelente nome também. Mas isso vai ser definido mais tarde”.
Quando Bolsonaro começou a subir nas pesquisas, integrantes do comitê da reeleição do presidente e aliados chegaram a prever que ele empataria com Lula em junho e, no mês seguinte, já estaria numericamente à frente do pré-candidato do PT.
Só que, pelas últimas pesquisas, Bolsonaro estagnou com 27% a 30% das intenções de voto, parou de subir e sua campanha ficou dividida sobre a melhor estratégia para tentar a reeleição.
Diante desse cenário, assessores e aliados do presidente voltaram a defender que ele escolha para vice uma mulher, com o objetivo de tentar reduzir a rejeição do eleitorado feminino a seu nome.
A preferência do Centrão é pelo nome da ex-ministra da Agricultura Tereza Cristina (PP-MS), hoje candidata ao Senado.
O nome da hoje deputada Tereza Cristina já foi defendido internamente como o melhor para ser vice, mas Bolsonaro manifestou sua preferência por Braga Netto, um general da reserva, que não representaria para ele nenhuma ameaça em um eventual segundo mandato.
O presidente teme que seus aliados do Centrão, caso enfrente uma crise, possam abrir um processo de impeachment e tirá-lo do Palácio do Planalto, colocando no seu lugar um vice (ou uma vice) mais alinhado ao grupo que hoje apoia Bolsonaro.
A estagnação nas pesquisas e o risco de perder a reeleição, porém, estão fazendo o presidente refletir sobre o melhor nome para formar sua chapa na disputa presidencial.
Recentemente, frustrou o PL, por sinal, a decisão da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, de não participar das inserções comerciais do partido. O objetivo era usar a primeira-dama para reduzir a rejeição ao marido pelo público feminino.