Um homem de 39 anos foi preso pela polícia nesta quarta-feira (13) em Quiterianópolis, no interior do Ceará, por suspeita de manter a ex-companheira e o filho do casal de 1 ano e 9 meses em cárcere privado, além de ameaçá-los de morte por não aceitar o fim do relacionamento.
O caso chegou ao conhecimento da polícia em junho, quando a mulher de 19 anos conseguiu fugir do local sem a criança e procurou uma delegacia para denunciar que o ex estava mantendo o filho do casal em cárcere, em uma residência na zona rural da cidade, e ameaçava matar o bebê caso a jovem denunciasse as violências físicas e psicológicas e o cárcere em que ela e o filho viviam.
A mulher requereu medidas protetivas para ela e para o bebê, resgatado pela polícia e entregue à mãe no dia 14 de junho.
Segundo a delegada titular da Delegacia Municipal de Quiterianópolis, Karina Albuquerque, após o resgate da criança a polícia teve ciência do que mãe e filho passavam com o suspeito.
“A polícia tomou conhecimento do caso pela medida protetiva, a qual foi pedido a extensão dos efeitos para o bebê. Ao resgatarmos o bebê a gente teve real ciência do terror que a vítima sofria, entre lesões, ameaças de morte, então a gente não teve dúvidas. Representamos pela prisão preventiva dele”, disse a delegada.
Dormia com facão e extorquia da sogra
Conforme as apurações da polícia, o homem se aproveitava da residência ser em um local isolado para cometer os crimes. Inclusive, ele dormia com um facão ao lado para intimidar a mulher. Além disso, a vítima era proibida de ter contato com familiares e vizinhos.
Ainda de acordo com a polícia, o suspeito extorquia da ex-sogra, mãe da vítima, pedindo dinheiro a ela para que a jovem não fosse ainda mais agredida.
Levantamentos policiais apontam também que a mulher teve um dedo cortado com uma faca, chegou a dormir na mata com oito meses de gravidez para fugir das agressões do ex-companheiro e foi derrubada da cama com seis dias de puerpério.
Após a prisão, o suspeito foi conduzido para a Delegacia Municipal de Quiterianópolis, onde as ordens judiciais foram cumpridas. Agora, ele permanece à disposição da Justiça.
Por G1