Diversas vítimas têm sido alvo do chamado golpe do boleto falso. Por meio dele, os fraudadores manipulam as cobranças fazendo com que o dinheiro vá direto para a conta do golpista. A Defensoria Pública do Estado do Ceará alerta os consumidores para ficarem atentos e não cair em golpes como esse.
Talita Souza Tavares, de 36 anos, foi uma das pessoas que caiu em um golpe dessa natureza e buscou atendimento do Núcleo de Defesa do Consumidor (Nudecon). Em fevereiro deste ano, ela viu o anúncio de uma televisão no site de uma loja de departamentos.
“Entrei em contato com a loja para conferir se realmente o anúncio era verdadeiro e a loja confirmou que sim. Foi aí que me organizei para fazer a compra. Eles mandaram os dados por mensagem, com o boleto para pagamento e fui pagar. Pelo boleto, todos os dados estavam de acordo com os da loja, mas só depois que paguei percebi que quando mandaram o cupom fiscal, o nome estava para outra pessoa e o CPF também era diferente”, revelou.
Talita fez o boletim de ocorrência e já está com toda a documentação para dar entrada na ação.
A defensora pública e supervisora do Núcleo de Defesa do Consumidor da Defensoria, Amélia Rocha, destaca que é fundamental, em cada operação, fazer com calma, sempre redobrando a atenção.
“São vários os truques com a adulteração do código de barras do boleto, a criação de páginas falsas na web para emiti-los fraudulentamente. Importante também observar o valor, que aparece em dois campos – no final do código de barras e também no espaço valor do documento – e ambos devem ser idênticos, de modo que não coincidirem, certamente, será um boleto falso. Registre-se que a maioria das fraudes integra o risco do negócio – sendo o que chamamos de fortuito interno – e se viabilizam por vazamento de dados de responsabilidade da empresa”, alerta a defensora.
A defensora afirma ainda que caso o consumidor tenha sido lesado por uma fraude que simula um boleto bancário, cabe buscar ajuda na Defensoria Pública. É fundamental reunir todos os comprovantes das conversas em aplicativos de mensagens, fazer o boletim de ocorrência e guardar os comprovantes.
“Isso é importante porque o fato de golpista obter dados das pessoas é de responsabilidade da instituição financeira. Então, quanto mais provas e evidências que a pessoa tiver melhor para fundamentar todo o processo, melhor para o nosso assistido”, complementou.
Veja outras dicas
- Sempre confira as informações presentes no boleto
- Erros de português, data de vencimento, nome do beneficiário e CNPJ
- Se estiver na dúvida, uma busca rápida na internet pode te ajudar a conferir se o CNPJ é real
Fonte: G1