Derrotada na eleição ao Senado Federal, Kamila Cardoso (Avante) disse, na noite deste domingo (2), que é preciso “respeitar a democracia, o voto”. Com 26,21% dos votos válidos, ela ficou em segundo lugar na disputa, perdendo a vaga para o ex-governador do Ceará, Camilo Santana (PT), que recebeu 69,75% dos votos totais.
Kamila concorreu ao cargo pela coligação de Capitão Wagner (União Brasil), que postulava o Governo do Estado, mas perdeu ainda em primeiro turno para Elmano de Freitas (PT).
Para ela, é “histórico” ter como candidata ao Senado “uma mulher sem nenhuma pessoa da família na política, sem recursos”. Ela alegou ainda que sua campanha usou apenas 10% dos recursos utilizados “do outro lado”, sem impulsionamento de conteúdo nas redes sociais, “apenas levando a representatividade feminina”.
Em terceiro lugar na corrida eleitoral, atrás de Kamila, com 3,98%, ficou a candidata Erika Amorim (PSD), que integrava a chapa de Roberto Cláudio (PDT) ao Governo.
ALFINETADA
Kamila aproveitou, também, para alfinetar os concorrentes, afirmando que, em sua campanha, “existem votos que não foram comprados” e que “não foram usados pela máquina pública”.
“Não respondo a processo judicial por uso da máquina. Mas precisamos respeitar a democracia, o voto”, ressaltou.
QUEM É KAMILA CARDOSO?
Kamila tem 44 anos de idade e é advogada. Ela ganhou visibilidade após descobrir que o filho, Kaio, sofria de anemia aplástica e precisava de um transplante de medula óssea.
Esta foi a segunda vez que ela concorreu a um cargo eletivo. Em 2020, foi candidata a vice-prefeita de Fortaleza na chapa encabeçada por Capitão Wagner, que foi derrotada pela do atual prefeito José Sarto (PDT).
Fonte: Diário do Nordeste