A defesa da campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) pediu neste sábado (15) ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a cassação do registro de candidatura e eventual diploma e inelegibilidade da chapa formada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e pelo ex-governador Geraldo Alckmin (PSB). A alegação é a de que a chapa endossa e se beneficia do compartilhamento de notícias falsas.
Os advogados da campanha de Bolsonaro também pedem a suspensão das contas do deputado federal André Janones(Avante-MG) nas redes sociais e a cassação do registro e diploma do parlamentar, que foi reeleito em Minas Gerais.
A campanha de Bolsonaro afirma que Janones vem utilizando suas redes sociais, de maneira ostensiva, como “verdadeira fábrica de fake news”. O objetivo, escrevem os advogados, seria divulgar e incentivar o compartilhamento em massa de publicações de conteúdo sabidamente falso.
“Além de promover maliciosas ações coordenadas com o objetivo desvelado de esvaziar a eficácia das decisões proferidas pela Justiça Eleitoral”, alega a defesa.
Para a campanha de Bolsonaro, o ex-presidente Lula e o ex-governador Alckmin endossam o que os advogados classificam como um esforço deliberado, organizado e ilegal de Janones “com o único objetivo de degradar a candidatura de Jair Bolsonaro”.
“O benefício da chapa petista à Presidência da República encontra-se nos danos à imagem do candidato Jair Bolsonaro, causados pela atuação de André Janones nas redes sociais, enquanto efetiva estratégia da campanha presidencial adversária, que atinge, diariamente, dezenas de milhares de contas”, escreve a defesa.
Na avaliação dos advogados da campanha de Bolsonaro, em contrapartida, Janones se beneficia na exposição de sua campanha, que teria sido alavancada pela exposição gerada pela repercussão midiática e pelo engajamento dos seguidores petistas em sua empreitada. Eles destacam o fato de Janones ter sido o segundo deputado federal mais votado em Minas Gerais.
“Trata-se de uma verdadeira fábrica de fake news, com produção massiva, ordenada e sistemática, voltada a ofender e desinformar no atacado. Derrubar as redes sociais de Janones até o encerramento das eleições significaria, verdadeiramente, desarmar um criminoso digital, que atenta contra a democracia, o processo eleitoral, a lisura e legitimidade das eleições de 2022”, justificam os advogados.
Janones publicou em suas redes sociais que o debate não deve ser travado pela internet, mas nos tribunais. “Nada de jogar o povo contra a justiça. Somos democratas e respeitamos a lei”, escreveu o deputado.
Em nota, a assessoria de Janones classificou como “absurda” a iniciativa da campanha de Bolsonaro. “É uma clara tentativa de censurar a liberdade do deputado. No corpo da petição inicial, eles anexaram prints falsos.”
Fonte: CNN Brasil