O Ceará recebeu o primeiro lote do paxlovid, remédio composto pelos antivirais nirmatrelvir e ritonavir, para casos leves e moderados de Covid-19. O medicamento foi enviado na semana passada pelo Ministério da Saúde e começou a ser distribuído para os municípios cearenses no início desta semana, segundo a Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa).
Esse é o primeiro medicamento incluído no Sistema Único de Saúde (SUS) para tratamento de pacientes com quadro leves e moderados da Covid-19 e alto risco de complicações. Segundo a Sesa, o Ceará recebeu o quantitativo de 1.950 tratamentos do antiviral paxlovid.
Conforme a secretária executiva de Vigilância em Saúde da Sesa, Sarah Mendes, o remédio ainda não está disponível para compra em farmácias. “Por se tratar de uma medicação estratégica, como outras medicações que são disponibilizadas pelo Ministério da Saúde, ela não está disponível para compra em farmácia comum ainda”, diz.
Ainda de acordo com Sarah Mendes, o medicamento deverá ser priorizado no tratamento de pessoas que compõem o grupo de risco. Em Fortaleza, o paxlovid foi entregue nas farmácias polo e no Hospital São José, em Fortaleza, referência no tratamento da Covid.
Conforme a Sesa, cerca de 10 pacientes já começaram a fazer o tratamento com o remédio no Ceará, tanto em hospitais públicos como privados.
A secretária disse, ainda, que não há previsão por parte do Ministério da Saúde para o envio de novos lotes para o Ceará.
“A gente tem conversado com o Ministério da Saúde quase que semanalmente acerca de vários aspectos, e com relação a essa medicação a gente não tem uma previsão de chegada de novos lotes. Para esse momento, a gente reforça a necessidade da população entender que a gente tem poucos tratamentos e que eles precisam chegar realmente para a população que está precisando no momento”, explica Sarah.
O medicamento tem o objetivo de prevenir internações, complicações e mortes. O paxlovid consiste em dois medicamentos antivirais em conjunto: o nirmatrelvir e o ritonavir. Essa associação deve ser administrada por via oral e é indicada para pacientes com Covid-19 leve à moderada, não hospitalizados, que apresentam elevado risco de complicações e sem necessidade de uso de oxigênio suplementar.
Em 30 de março, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso emergencial do paxlovid. Após a publicação da incorporação no Diário Oficial, na sexta-feira, o Ministério tem 180 dias para disponibilizar o tratamento na rede pública.
Fonte: G1