O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, deu 24 horas para que o Partido Liberal (PL) inclua dados sobre o 1º turno das eleições no relatório apresentado nesta terça-feira (22) que pede a anulação de votos feitos em modelos de urnas UE2009, UE2010, UE2011, UE2013 e UE2015 nas eleições de 2022.
“As urnas eletrônicas apontadas na petição inicial foram utilizadas tanto no primeiro turno, quanto no segundo turno das eleições de 2022. Assim, sob pena de indeferimento da inicial, deve a autora aditar a petição inicial para que o pedido abranja ambos os turnos das eleições, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas. Publique-se com urgência”, diz o texto.
Em representação enviada nesta terça-feira, 22, ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o PL lançou mão de um relatório sem nenhuma prova para afirmar que o presidente Jair Bolsonaro teve 51,05% dos votos no segundo turno das eleições e venceu a disputa contra Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no último dia 30. Para chegar a esse porcentual, o partido de Jair Bolsonaro pede a anulação dos votos de 279 mil urnas eletrônicas. A ofensiva do PL coincide com o discurso golpista de questionamento do sistema eleitoral.
As urnas foram validadas por auditorias das Forças Armadas e do Tribunal de Contas da União (TCU). Produzido pelo Instituto Voto Legal (IVL), o relatório do PL afirma, no entanto, afirma que os equipamentos apresentaram “desconformidades irreparáveis de mau funcionamento”. O presidente do TSE, Alexandre de Moraes, deum então, 24 horas para que o PL também inclua na ação o questionamento ao resultado do primeiro turno das eleições, quando o partido obteve a maior bancada na Câmara, com 99 deputados.
Ao apresentar o resultado do relatório, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, disse que os modelos antigos das urnas, anteriores a 2020, têm o mesmo número de patrimônio. O PL alega que isso impediria a fiscalização dos equipamentos. Essas mesmas urnas, porém, foram usadas nas eleições de 2018.
Fonte: Estadão