Novas extensões de redes para coleta de esgoto implantadas e Estações de Tratamento e Elevatórias de Esgoto revitalizadas são alguns dos benefícios diretos dos primeiros 50 dias de operação da Parceria Público-Privada entre a Ambiental Ceará e a Cagece. Nas 17 cidades em que a empresa está com atividades em andamento, mais de 15 mil pessoas já foram positivamente impactadas pelas intervenções, nas regiões metropolitanas de Fortaleza e do Cariri.
Neste período, a Ambiental Ceará atuou em 12 frentes de obras que resultaram na implantação de mais de 7,4 km de redes coletoras nas cidades, disponibilizando cerca de 1.230 ligações no sistema de esgoto. A atividade inclui, ainda, o emprego de tecnologias nos Centros de Operações Integradas (COIs) instalados em Fortaleza, Maracanaú e Juazeiro do Norte, de onde mais de 110 equipamentos são acompanhados e operados remotamente, 24h por dia, além das atividades das equipes em campo. Ao todos, foram gerados mais de 580 postos de empregos diretos e indiretos.
A operação gerou transformações na vida de pessoas como a comerciante Maria do Socorro Silva, 46. Moradora do bairro Outra Banda, em Maranguape, ela construiu a própria casa, na rua Silvandra Melo, mas teve de conviver com esgoto correndo a céu aberto ao longo de três anos devido à falta de rede coletora. Até que esse cenário foi modificado. “Aqui na minha rua foi bem rápido, em duas semanas ficou tudo pronto. Agora está ótimo, não tem mais mosquito e a gente não tem que pisar na lama quando sai de casa”, diz, aliviada.
As equipes da Ambiental Ceará também realizaram a limpeza e desobstrução de cerca de 25 km de rede de esgoto e fizeram nivelamentos de 55 Poços de Visita (PVs) de algumas vias estratégicas. A empresa está, ainda, revitalizando as estruturas física, elétrica e mecânica das Estações de Tratamento e Elevatórias de Esgoto (ETEs e EEEs), permitindo o melhor funcionamento dos equipamentos e garantindo a segurança da operação.
“Assumimos a operação no dia 31 de maio e, desde então, realizamos constantes estudos, intervenções e obras para melhoria do saneamento básico dos municípios. O resultado desses primeiros 50 dias significa que mais de 15 mil pessoas terão serviço de coleta e tratamento de esgoto. É um pouco do que se pode esperar dessa parceria como um todo, porque nesse curto espaço de tempo já tivemos benefícios desse porte”, define o diretor-presidente da Ambiental Ceará, André Facó.
Ferramentas e relacionamento
Em campo, a empresa utiliza recursos que otimizam a missão de universalizar o esgotamento sanitário, a exemplo do robô de videomonitoramento, batizado de San. Este equipamento monitora as redes de esgoto, identificando obstruções que possam provocar extravasamentos. Essa é uma ação preventiva, que conta com imagens em tempo real. Outro benefício é a identificação de ligações irregulares, que direcionam o esgoto para as redes de drenagem, poluindo o meio ambiente. “A tecnologia faz parte da nossa rotina de trabalho, seja no acompanhamento dos ativos, na gestão da operação e até mesmo em campo, nas obras”, reforça André Facó.
Além das intervenções físicas, a atuação da Ambiental Ceará envolve a aproximação com as comunidades, por meio de rodas de conversas do programa Afluentes, que estabelece um canal de comunicação aberto e direto entre a empresa e os moradores. Na Região Metropolitana do Cariri, o projeto já foi lançado nas cidades de Juazeiro do Norte, Barbalha e Missão Velha. Até agosto, os municípios de Santana do Cariri, Nova Olinda e Farias Brito também serão contemplados. O Afluentes também será implantado, a partir do próximo mês, nos municípios da Região Metropolitana de Fortaleza.
Ao longo do primeiro ano de operação nas 17 cidades das regiões metropolitanas de Fortaleza e do Cariri, a empresa vai implantar mais de 110 km de redes coletoras de esgoto, beneficiando diretamente mais de 80 mil pessoas. Por mês, mais de 380 milhões de litros de esgoto serão coletados e tratados, a partir da ampliação da cobertura do serviço.
PPP do esgotamento sanitário
A Parceria Público-Privada (PPP) de esgotamento sanitário, firmada entre a Ambiental Ceará e a Cagece, tem o objetivo de cumprir as metas estabelecidas pelo Novo Marco Legal do Saneamento, que determina que 90% da população tenha acesso à coleta e ao tratamento de esgoto até o ano de 2033. O projeto beneficia 24 cidades, com atendimento a 4,3 milhões de pessoas. Ao todo, R$ 6,2 bilhões serão investidos na operação, ampliação e manutenção do sistema de esgotamento sanitário destas cidades.
Desse total de municípios, 17 das regiões metropolitanas de Fortaleza e do Cariri já estão em obras desde maio, quando a Ambiental Ceará iniciou a operação definitiva. Os outros sete municípios integrantes do projeto estão, agora, na fase de operação assistida, período em que a Ambiental Ceará recebe, da Cagece, informações técnicas sobre as regiões onde vai atuar. É também nesta etapa que a empresa faz o levantamento da estrutura existente nas cidades.