Bastou o último apito para elas desabarem no gramado. Após uma preparação marcada por protestos sobre o trabalho do técnico Jorge Vilda, a Espanha venceu a Inglaterra por 1 a 0 e conquista o primeiro título da história do país na Copa do Mundo feminina. Olga Carmona, que viveu turbulência no Real Madrid, é a heroína da final.
Olga Carmona: e dois nomes para a história
Olga Carmona ergueu a camisa vermelha da Espanha para colocar dois nomes na história do futebol nacional. Olga e Merchi. A lateral-esquerda balançou as redes e tornou-se responsável pelo gol que deu o inédito título mundial ao país. Gravado em sua camisa, o nome da mãe de uma amiga: “Essa vitória foi uma conquista e queremos dedicá-la a mãe de uma das minhas melhores amigas que morreu recentemente. Eu quis mostrar o nome dela.”
Conquistando o mundo
Aitana Bonmatí passou em branco na decisão, mas apareceu de forma determinante na construção ofensiva da Espanha. Aos 25 anos, a estrela do Barcelona e agora campeã mundial dá um passo largo na disputa pelo título de melhor do mundo.
Paralluelo: uma estrela em ascensão
Salma Paralluelo, com apenas 19 anos, deixa a Copa da Austrália e Nova Zelândia como uma das principais revelações do país e do mundo. Não à toa, termina o torneio com o troféu de melhor jogadora jovem da Copa. É a primeira – entre homens e mulheres – a conquistar o Mundial Sub-17, Sub-20 e o principal. Foram dois gols marcados na Copa, justamente nas quartas e semifinal do torneio, sendo portanto decisiva para a conquista da Espanha.
Mary Earps: a luva de Ouro
Mary Earps deixou soltar o grito em comemoração após defender o pênalti de Jenni Hermoso e ainda fez três defesas difíceis ao longo da decisão pelo título. A atuação – mais uma vez em alta – não foi o suficiente para o troféu, mas ela termina como destaque e com a Luva de Ouro, sendo a melhor goleira da competição.
Protestos… e o climão na comemoração
Jogadoras de um lado. Técnico de outro. Aos olhares mais atentos, as reações durante a comemoração da Espanha também mostram a tensão presente nos bastidores da Roja desde o ano passado. Jorge Vilda foi alvo de protestos de jogadoras, quando 15 delas renunciaram à seleção exigindo sua demissão, com críticas sobre a forma de trabalho do técnico e à falta de privacidade. Só três delas voltaram para o time na Copa.
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