O acesso à internet de qualidade nas escolas trará benefícios para mais de 1,7 milhão de crianças e adolescentes do Ceará. A Estratégia Nacional de Escolas Conectadas , coordenada pelos Ministérios da Educação (MEC) e das Comunicações ( MCom ), vai reunir todas as políticas públicas relacionadas que estão em andamento . O objetivo é universalizar a conectividade nas 5.913 instituições de educação municipais, estaduais e federais até 2026.
Em todo o estado , 99,4% das escolas já possuem conexão à internet (5.879). No entanto, 32,4% d elas (1.921) não tê m conectividade com velocidade adequada para uso de alunos e professores em sala de aula. Além disso, 42,6% das escolas (2.519) não contam com rede W i -F i instalada , e 34 de las estão totalmente desconectadas.
A Estratégia tem seis eixos: competências e formação; currículo; conectividade; dispositivos e ambientes; gestão e transformação digital; e recursos educacionais digitais. Segundo o Ministro de Estado da Educação, Camilo Santana, o objetivo é educar com tecnologia para a inclusão e cidadania digital. “A ideia é garantir que as escolas que não têm banda larga fixa sejam as primeiras a serem atendidas nesse programa. Neste momento, 79% dessas escolas estão nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, então serão as escolas que terão prioridade nessas etapas da Estratégia”, afirmou Camilo durante o lançamento da Estratégia Nacional de Escolas Conectadas, em 26 de setembro, em Brasília (DF).
Segundo o ministro das comunicações, Juscelino Filho, o Escolas Conectadas vai fomentar a equidade de oportunidades de acesso às tecnologias digitais no processo de ensino e aprendizagem, além de universalizar a conectividade. “A conectividade significativa nas escolas públicas será capaz de transformar o ensino no Brasil. A contribuição do Ministério das Comunicações é no sentido de disponibilizar uma infraestrutura de conectividade que auxilie e apoie os professores e gestores na educação de nossas crianças e jovens. Vamos colocar a tecnologia a serviço dos trabalhadores da educação e dos nossos estudantes. Acesso à internet é democracia, é participação social, é cidadania”, ele destacou.
A Estratégia Nacional de Escolas Conectadas será realizada em cinco frentes: disponibilização de energia elétrica por rede pública ou fonte renovável em todas as escolas durante todo o dia; expansão da tecnologia de acesso à internet de alta velocidade mediante a implantação e manutenção de rede de fibra ótica, satélites e outras soluções; contratação de serviço com velocidade que permita o uso de vídeos, plataformas educacionais, áudios, jogos, entre outros recursos; disponibilização de rede sem fio segura para acesso à internet nos ambientes escolares, de modo que turmas inteiras consigam conectar-se simultaneamente à rede Wi-Fi para uso pedagógico; e disponibilização de equipamentos e dispositivos eletrônicos portáteis de acesso à internet nos parâmetros adequados.
As escolas públicas brasileiras serão conectadas por fibra ótica ou via satélite com uma velocidade apropriada para fins pedagógicos. Além disso, as unidades de educação contarão com cobertura completa de rede Wi-Fi. Já para as escolas que não possuem acesso à energia elétrica ou que possuem acesso somente à energia elétrica de gerador fóssil, será viabilizada a conexão com a rede pública de energia ou serão disponibilizados geradores elétricos fotovoltaicos.
Serão investidos R$ 8,8 bilhões para as ações relacionadas às escolas conectadas. Desse total, R$ 6,5 bilhões pertencem ao eixo “Inclusão Digital e Conectividade”, do Novo PAC, e serão destinados à implantação de conexão à internet e rede interna nas escolas. Os recursos são provenientes de quatro fontes: Leilão do 5G; Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust); Programa de Inovação Educação Conectada ( Piec ); e Lei n. 14.172, de 2021.
Os R$ 2,3 bilhões adicionais serão usados para viabilizar os demais eixos da Estratégia Nacional de Escolas Conectadas. Os recursos provêm de três fontes: Lei n. 14.172/2021 – R$ 1,7 bilhão; Política de Inovação Educação Conectada (Piec) – R$ 350 milhões; e Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) – R$ 250 milhões.