Prender, apreender e dar as respostas efetivas no combate às ações criminosas fazem parte das diretrizes da Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE), que apresenta o balanço de prisões, apreensões e sequestro de bens de grupos criminosos que atuam diretamente com a comercialização do tráfico de drogas no Ceará. Em todo o ano de 2023, a Delegacia de Narcóticos (Denarc), unidade especializada no combate ao tráfico de drogas, capturou 60 pessoas envolvidas com a comercialização dos ilícitos, bem como incinerou três toneladas de drogas e representou pelo sequestro de bens desses indivíduos, que totalizam mais de R$ 8 milhões.
Com operações em cursos e investigações continuadas, a Denarc trabalha diretamente com o combate ao comércio de entorpecentes, uma das maiores arrecadação de renda de grupos criminosos, que atuam no Estado. A venda e a distribuição de drogas contribui para o fortalecimento destes coletivos, que usufruem deste capital para realizar a compra de móveis e imóveis, bem como outros objetos. Um trabalho estratégico e de inteligência da Denarc, resultou na representação de 188 mandados de busca e apreensão o que, em sua maioria, culminou nas apreensões dos entorpecentes, armas, apreensão de veículos, jóias, eletrônicos e dinheiro em espécie, além de prisões em flagrante.
Para o delegado titular da Denarc, Adriano Félix, o trabalho da especializada é fundamental para o enfraquecimento desses indivíduos que buscam na venda de drogas status de poder. “A Denarc trabalha focada em três vertentes. A primeira, claro, fazer a prisão dos indivíduos envolvidos com a traficância de entorpecentes, alguns deles, inclusive, chefes de grupos criminosos; a segunda, o sequestro de bens, ano passado tivemos o recorde de representação de bloqueio patrimonial, que foi R$ 8 milhões e 128 mil reais, no total; e terceiro, o administrativo, pois a Denarc é a responsável pela destruição de toda a droga apreendida pelas Forças de Segurança do nosso Estado”, explica o delegado.
Incineração de drogas
Em 2023, a Denarc realizou duas incinerações que culminaram na queima de cerca de três toneladas de drogas. Os entorpecentes, que foram incinerados após autorização judicial, fazem parte de inquéritos policiais instaurados entre os anos de 2019 e 2023. O material ilícito foi apreendido a partir de ações ocorridas nas cidades de Aquiraz, Ararendá, Canindé, Caucaia, Fortaleza, Frecheirinhas, Horizonte, Ipueiras, Iracema, Maracanaú, Maranguape, Mombaça, Nova Russas, Pacajus, Pacatuba, Quixadá, Redenção, Saboeiro, Sobral, Tianguá, Ubajara, Viçosa do Ceará e em Ponta Porã no Mato Grosso do Sul.
Logo que esses entorpecentes são apreendidos, em qualquer delegacia do Estado, são encaminhados à unidade especializada, onde passam por todos os trâmites judiciais para a liberação da queima. O delegado reforça, ainda, que essa etapa é importantíssima, uma vez que simboliza o fim da existência do material ilícito. “Com a apreensão dessas drogas e sua destruição, fica claro que estamos tirando de circulação um produto nocivo à saúde que poderia estar nas mãos de jovens, os quais se viciam e são recrutados por grupos criminosos, enfraquecendo-os. Por isso, reforçamos a importância do combate ao tráfico de drogas no nosso Estado, que é uma das prioridades de enfrentamento da Polícia Civil”, finalizou Adriano Félix.
Representação de sequestro patrimonial
Outras ações exitosas apresentadas pela Denarc estão na representação de sequestro patrimonial de grupos criminosos. Em todo o ano de 2023, foi solicitado o sequestro de pouco mais de R$ 8 milhões em bens, entre eles, carros de luxo, imóveis de alto padrão e contas bancárias. Muitos desses bens são utilizados para a prática criminosa, isso deixa claro o trabalho ininterrupto das Forças de Segurança para asfixiar e enfraquecer esses grupos. Os indivíduos são monitorados, identificados e presos. Além dos bloqueios dos bens, a Denarc finalizou o ano com a apreensão de armas de fogo e diversas munições dos mais variados calibres.