O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta sexta-feira (17), os dados do senso 2022 sobre os níveis educacionais do país. Em destaque, o Ceará diminuiu em 4,7% o nível de analfabetismo, mas segue com 14,1% da população com mais de 15 anos considerada analfabeta, isto é, não sabem ler ou escrever um bilhete simples. Em 2010, o número era de 18,8%. Embora com avanço, o Estado continua na 5ª posição entre as menores taxas de analfabetismo do país.
Considerando as cidades que possuem entre 50 mil e 100 mil habitantes, o Ceará tem três municípios entre os cinco com as maiores taxas de analfabetismo do Brasil: : Boa viagem aparece em segundo lugar, com 24,3%, Icó vem na sequência com 25,9%, e Granja, em quinto lugar, com 29%.
No ranking, junto aos munícipios cearenses, está Coroatá (MA), em primeiro lugar, com taxa de 23,8%, e em quarto lugar, a cidade de Buíque(PE) apresentando 28,8%. Esses números também se expandem na região Nordeste, que dos 25 munícipios selecionados e que contam com o número de habitantes entre 10 mil e 100 mil, 22 cidades estão entre as maiores taxas de analfabetismo do país.
Segundo a analista Betina Fresneda, “A alfabetização é de responsabilidade dos municípios e está diretamente relacionada aos recursos que os municípios têm para investir em educação. A taxa de analfabetismo é menor nos municípios acima de 100 mil habitantes porque eles dispõem de mais recursos e infraestrutura para educação, além de outros fatores como localização, idade média e áreas urbanas ou rurais”.
O analfabetismo na Região Nordeste (14,2%) continuou sendo o dobro da média nacional (7,0%) – em 2010, as taxas eram, respectivamente, de 19,1% e 9,6%. As taxas de analfabetismo do Norte e do Nordeste tinham, em 2022, valores acima de 2% desde o primeiro grupo de idade. No Centro-Oeste, isso ocorreu a partir de 35 a 44 anos e para no Sul e Sudeste apenas a partir de 45 a 54 anos.