Nos primeiros seis meses de 2024, a vacina BCG alcançou uma cobertura de 92,27% no estado do Ceará, aproximando-se do índice alcançado durante todo o ano anterior, quando o estado registrou 100% de cobertura para crianças menores de um ano. A BCG é uma das primeiras vacinas recomendadas para recém-nascidos, oferecendo proteção contra formas graves de tuberculose, como tuberculose miliar e meningite tuberculosa.
A tuberculose é causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis, conhecida como bacilo de Koch, afetando não apenas os pulmões, mas também os ossos, rins e meninges. Os sintomas incluem tosse com possível presença de sangue, falta de ar, dor no peito, fraqueza, perda de peso, febre e sudorese no final do dia.
O Ministério da Saúde recomenda a aplicação da vacina BCG logo após o nascimento, preferencialmente em bebês com mais de dois quilos. Caso não seja possível administrar na maternidade, a vacinação deve ocorrer na primeira visita à Unidade Básica de Saúde (UBS). Após a aplicação, a reação inicial é uma mancha vermelha que evolui para uma pequena ferida e, finalmente, para a cicatriz no braço direito, característica da vacina.
A vacina BCG é a porta de entrada para o calendário de vacinação das crianças, segundo Eder Gatti, diretor do Departamento do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde. “Desde o início de 2023, uma série de ações vem sendo realizadas para reforçar a cultura de vacinação no país, com destaque para a estratégia de microplanejamento, recomendada pela OMS, que consiste em diversas atividades com foco na realidade local de cada estado e município”, destaca.
A Organização Mundial da Saúde estima que nos países onde a tuberculose é endêmica e a vacinação infantil é amplamente adotada, mais de 40 mil casos de meningite tuberculosa são evitados anualmente. Além das crianças, a vacina BCG é indicada para pessoas que convivem com pacientes diagnosticados com hanseníase e para estrangeiros menores de cinco anos que se mudam para o Brasil e não foram previamente imunizados.