Nesta quarta-feira (31), 146 aprovados no primeiro concurso para professores das Escolas Indígenas do Ceará estiveram reunidos na Solenidade de Posse, realizada no Palácio da Abolição, em Fortaleza. Os profissionais da educação básica, que passarão a atuar a partir do segundo semestre letivo de 2024 estarão em um total de 30 escolas em 12 munícipios do Ceará.
Das etnias contempladas, estão Anacé, Gavião, Jenipapo Kanindé, Kalabaça, Kanindé, Kariri, Pitaguary, Potiguara, Tabajara, Tapeba, Tubiba Tapuia, Tapuya Kariri e Tremembé. Na cerimônias, estiveram presentes o governador Elmano de Freitas; as secretárias Eliana Estrela, da Educação, e Juliana Alves, dos Povos Indígenas; além de lideranças indígenas e outras autoridades.
O certame foi realizado em outubro de 2023, 200 vagas, por meio da Comissão Executiva de Vestibulares da Universidade Estadual do Ceará (Uece). Ao todo, foram 155 aprovações. Desse total, nove aprovados pediram reclassificação.As vagas compreendem nível de Ensino Fundamental Anos Iniciais (1º ao 5º), nível de Ensino Fundamental Anos Finais (6º ao 9º) e Ensino Médio. A remuneração do cargo de professor, Nível C (inicial da carreira), é de R$ R$6.465,09 para a carga horária de 40 horas semanais, acrescido de auxílio alimentação no valor de R$ 15,87 por dia útil trabalhado.
Empossado, Elber Anacé, de 28 anos, leciona há dez anos em Caucaia e destacou “Os povos tradicionais têm uma especificidade de seus costumes, portanto, estar dentro da escola faz parte da nossa disciplina. Ter uma conquista como esse concurso fortifica demais não somente a educação indígena, mas também o movimento indígena”, defendeu o pedagogo.