Deolane Bezerra foi detida em Recife durante uma operação da Polícia Civil de Pernambuco, que visa combater a lavagem de dinheiro e a prática de jogos ilegais. A operação resultou no bloqueio de bens no valor de R$ 2,1 bilhões e no cumprimento de 19 mandados de prisão em cinco estados brasileiros.
A prisão de Deolane Bezerra, que ocorreu na manhã desta quarta-feira (4), foi confirmada pela Polícia Civil de Pernambuco à TV Globo. Ela foi levada para o Departamento de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Depatri), em Afogados, Zona Oeste do Recife. A polícia ainda não forneceu detalhes sobre o funcionamento do esquema criminoso.
A operação, denominada “Integration”, teve início em abril de 2023 e envolveu a expedição de outros 18 mandados de prisão e 24 mandados de busca e apreensão em várias cidades, incluindo Recife, Campina Grande (PB), Barueri (SP), Cascavel (PR), Curitiba e Goiânia.
Além do bloqueio financeiro, a Polícia Civil anunciou o sequestro de bens como carros de luxo, imóveis, aeronaves e embarcações. A 12ª Vara Criminal da Comarca de Recife também determinou a entrega de passaportes, a suspensão do porte de armas e o cancelamento do registro de armas dos investigados.
No bairro da Av. Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, a polícia encontrou joias e dinheiro relacionados a Darwin Henrique da Silva Filho, empresário da Esportes da Sorte, empresa de apostas online que patrocina times de futebol.
O advogado Pedro Avelino, que defende Darwin, afirmou à TV Globo que o empresário está fora em viagem de trabalho e se mostrou disponível para prestar esclarecimentos. “O que aconteceu hoje foi um cumprimento de um mandado de busca e apreensão. A gente vai se habilitar dentro dessa representação para entender todo o contexto. É importante registrar que a gente já se colocou à disposição da autoridade policial há mais de um ano e meio. Então a gente acha estranho virem medidas tão gravosas como mandado de prisão, mandado de busca e apreensão, quando a gente desde o início da investigação vem cooperando com a polícia”, disse o advogado.
A operação contou com a colaboração da Interpol, da Diretoria de Operações Integradas e Inteligência (Diopi) da Polícia Civil de Pernambuco e das polícias civis de São Paulo, Paraná, Paraíba e Goiás. No total, 170 policiais participaram da ação.
*Com informações do g1