Durante entrevista ao podcast As Cunhãs, divulgada nesta quarta-feira (23), o governador Elmano de Freitas analisou os desdobramentos das eleições municipais de 2024 e suas implicações para a disputa de 2026, que envolverá eleições para a reeleição de governadores, Senado, e cargos legislativos. Elmano destacou que o cenário atual deve ser visto como uma projeção estratégica para o futuro.
Ao avaliar os resultados das eleições municipais, Elmano considerou que o desempenho da base aliada foi expressivo: “Nós ganhamos em pelo menos 95, 96% dos municípios do estado do Ceará. Onde nós repetidamente perdemos foi Sobral e Iguatu, porque Juazeiro não era nossa. O prefeito se reelegeu, mas nós ganhamos a eleição para o governo do estado lá, com uma maioria expressiva, mesmo ele sendo prefeito”, destacou.
O governador explicou que o comportamento dos eleitores varia entre eleições municipais e estaduais, ressaltando que essas últimas são influenciadas pelo alinhamento entre candidaturas ao governo e à presidência.”Quando chega a eleição do governo do estado e da presidência da República, primeiro tem um atrelamento da eleição presidencial com a eleição de governador. Isso já gera uma diferença importante no raciocínio do eleitor na hora de votar.”
Ele também destacou que, nas eleições estaduais, o eleitor tende a julgar as ações do governo. Ele quer saber o que é que o governador fez, se quer fazer tal coisa, ele fez? Então é o julgamento: se o governador cumpriu ou não o que prometeu.”
Sobre as articulações com a União Brasil, Elmano indicou a necessidade de diálogo, já que o partido conseguiu vitórias importantes em municípios estratégicos:”Há uma discussão a fazer com a União Brasil, porque o União Brasil fez cinco prefeitos. Maracanaú, prefeito Roberto Pessoa, que eu apoiei pessoalmente, e o vice é do PT. Em Pacatuba, Larissa Camus, e também temos o vice do PT”, reforçou.
Ele também abordou o caso de Sobral, onde o candidato apoiado pela base perdeu para Oscar Rodrigues, do bolsonarismo. Apesar da derrota, Elmano vê espaço para reconciliação.”Sobral é uma candidatura de um deputado de oposição, mas o grupo político tem espaço para dialogar conosco. E tem de apoiar o Lula na reeleição”, disse.
O governador destacou ainda que a vitória em Fortaleza é uma meta central para o projeto político da base governista.”Se ganharmos Fortaleza, será um êxito muito, muito expressivo. Talvez nenhum governo tenha alcançado uma vitória como essa.”
Por fim, ele mencionou outros municípios estratégicos para a base, como Juazeiro do Norte e Aracati, e ressaltou a importância de alianças locais para consolidar a força do grupo político rumo a 2026.