O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) reconheceu, nesta quinta-feira (21), que a instrução no cartão-resposta do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU), realizado em agosto, pode ter causado dúvidas entre os participantes. A consultora jurídica do ministério, Karoline Busatto, afirmou que problemas na redação da folha de rosto levaram candidatos a não marcar corretamente o tipo de gabarito da prova ou a não transcrever a frase de identificação.
A falha, que gerou uma ação civil pública do Ministério Público Federal (MPF), levou a Justiça Federal do Tocantins a anular a eliminação de candidatos que não fizeram a marcação do tipo de prova. Segundo o MGI, para casos onde ao menos uma identificação foi realizada, será utilizado um exame grafológico, com o apoio da Polícia Federal, para confirmar a identidade do participante.
“A Polícia Federal se comprometeu conosco que quem não preencheu a frase vai ser identificado pela redação,” explicou Alexandre Retamal, coordenador de logística do concurso.
Novo cronograma e mudanças no certame
Devido às inconsistências, a divulgação do resultado final foi adiada. Além disso, um acordo judicial entre a União, o MPF e a banca Cesgranrio permitiu ajustes no concurso, como o aumento da correção de provas discursivas de candidatos negros e a inclusão da prova de títulos para determinados cargos. Com isso, 32.260 participantes foram reabilitados para as próximas etapas.
*Com informações da Agência Brasil