O governo federal detalha nesta quinta-feira (28) o pacote anunciado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, com o objetivo de reduzir R$ 70 bilhões em gastos públicos nos próximos dois anos. As ações, que incluem mudanças no salário mínimo, no Imposto de Renda e no funcionalismo público, ainda dependem de aprovação do Congresso.
Durante pronunciamento na noite de quarta-feira (27), Haddad afirmou que as medidas buscam “garantir estabilidade e eficiência”, equilibrando ajustes fiscais com iniciativas de impacto social. Entre os destaques, está o aumento da isenção do Imposto de Renda para rendas de até R$ 5 mil, previsto para 2026, medida que gerou apreensão no mercado por seu impacto no equilíbrio fiscal.
Salário mínimo
O salário mínimo continuará com aumento acima da inflação, mas com limite anual de até 2,5%, conforme as regras do arcabouço fiscal. “A valorização será sustentável, preservando os avanços sociais e respeitando os limites fiscais”, explicou Haddad.
Imposto de Renda
A faixa de isenção do IR será ampliada de R$ 2.824 para R$ 5 mil, começando em 2026. Para compensar, o governo propõe taxar rendimentos acima de R$ 50 mil mensais.
Outras medidas
Abono salarial: Redução do limite de renda para acesso ao benefício, que será corrigido até atingir 1,5 salário mínimo.
Supersalários: Todos os agentes públicos ficarão sujeitos ao teto constitucional de R$ 44.008,52 mensais.
Emendas parlamentares: Crescimento limitado a 2,5% acima da inflação, com metade dos recursos direcionados à saúde pública.
No Congresso, o pacote será debatido em regime de urgência, com votação prevista antes do recesso legislativo. O governo espera que as medidas reforcem a credibilidade econômica do país e garantam espaço para políticas públicas essenciais.
*Com informações do g1