Após o ano de 2023 já ter alcançado recordes, 2024 deve se tornar o ano mais quente da história, de acordo com o observatório europeu, Copernicus. O levantamento divulgado, nesta segunda-feira (09), aponta o mês de novembro foi o 16º mês, em um período de 17 meses, em que a temperatura média global da superfície do ar superou 1,5°C de diferença em relação aos níveis pré-industriais.
Esse valor é tido como um limite, pelos especialistas, para não atingir consequências maiores para o clima e as condições de sobrevivência no Planeta Terra. No Brasil, o calor intenso registrou no país a seca mais extensa registrada na história recente do país. De acordo com o Centro Nacional de Monitoramento de Desastres Naturais (Cemaden), em novembro, cerca de 400 cidades no país enfrentavam a seca de extrema e severa.
De janeiro a novembro deste ano, as temperaturas médias globais ficaram 0,72°C acima da média de 1991 a 2020 —o maior valor já registrado para esse intervalo e 0,14°C superior ao mesmo período de 2023. O superaquecimento causa ainda alguns outros desastres, como as chuvas que alcançaram o Rio Grande do Sul, potencializadas pelo calo excessivo.