O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, se reuniu virtualmente com congressistas americanos e pediu mais apoio dos Estados Unidos. Já o secretário de Estado americano, Antony Blinken, se encontrou com o ministro do exterior ucraniano durante uma visita à fronteira do país com a Polônia.
O secretário de Estado americano atravessou um posto de fronteira da Polônia com a Ucrânia para se encontrar com o ministro das Relações Exteriores ucraniano, Dmytro Kuleba.
Antony Blinken disse que a pressão sobre o presidente russo, Vladimir Putin, e o envio de armas para o governo ucraniano vão aumentar até que a guerra acabe.
“O mundo inteiro está com a Ucrânia”
E disse que os Estados Unidos ficarão ao lado do país o tempo que for necessário, e que os ucranianos vão vencer.
Kuleba afirmou que a Ucrânia vai, sim, vencer a guerra, mas o preço em vidas humanas pode ser muito alto.
“A Ucrânia precisa de mais sistemas de defesa para lutar nessa guerra. Precisamos de aviões. Se perdermos nosso espaço aéreo para os russos, vai haver mais sangue de civis derramado no chão”.
Ele acrescentou que é uma questão de tempo até a Otan, a Aliança Militar do Ocidente, aceitar a criação de uma zona de exclusão aérea sobre o território ucraniano.
Blinken foi ver de perto o drama dos ucranianos que chegam à Polônia. Uma refugiada contou que ouviu as sirenes, teve que passar a noite no porão, mas que o povo continua lutando.
O secretário de Estado respondeu que a resistência da Ucrânia é uma inspiração para o mundo inteiro: “Estamos unidos contra a agressão russa. Não são apenas palavras, estamos agindo para apoiar os ucranianos e punir os russos para que as pessoas possam voltar para casa”.
Mais cedo, em Varsóvia, Blinken se encontrou com o ministro das Relações Exteriores da Polônia e disse que os dois países estão mais unidos do que nunca num momento em que a liberdade, a democracia, a paz e a segurança estão diante da maior ameaça desde a II Guerra Mundial.
A Polônia é uma aliada estratégica na guerra e o país que recebe mais refugiados da Ucrânia. O presidente Joe Biden enviou tropas americanas para lá e pediu ao Congresso para aprovar um pacote de quase US$ 3 bilhões em ajuda humanitária.
Em Washington, deputados e senadores americanos conversaram por videoconferência com o presidente da Ucrânia.
Volodymyr Zelensky voltou a pedir a criação de uma zona de exclusão aérea para deter o avanço das forças russas, além do envio de mais aviões militares e a suspensão das importações americanas de petróleo da Rússia, uma proposta que a Casa Branca analisa diante da pressão feita por congressistas. Nos próximos dias, o Congresso americano deve aprovar o envio de US$ 10 bilhões para Ucrânia.
O Departamento de Estado americano divulgou um comunicado urgente dizendo que os americanos que vivem na Rússia devem deixar o país imediatamente. O documento alerta que eles correm risco de serem perseguidos arbitrariamente pelas forças de segurança russas, avisa que os voos estão limitados e a embaixada não consegue ajudar todo mundo.