O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu trancar a ação penal que envolvia o cantor Wesley Safadão, sua esposa Thyane Dantas e Sabrina Tavares, agora ex-produtora do artista. O trio chegou a ser denunciado devido a supostas irregularidades na vacinação contra Covid-19, no Ceará.
A decisão por trancar a ação e arquivar a investigação do Ministério Público do Ceará (MPCE) foi proferida nesta quarta-feira (13). A defesa do trio recorreu à instância superior após a apuração do crime ser reaberta devido a uma decisão no 2º Grau do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE).
Wesley, Thyane, Sabrina e a servidora da Secretaria de Saúde de Fortaleza (SMS), Jeanine Maria Oliveira, foram denunciados pelo MPCE, em fevereiro deste ano, pelos crimes de peculato e corrupção passiva privilegiada. A defesa dos acusados acredita que com a decisão do STJ, “a justiça e a legalidade foram devidamente restabelecidas”.
“Não há como apagar o quão lamentável foi o espetáculo midiático promovido pelo Ministério Público cearense, fato que causou sérios prejuízos à imagem e à honra de Wesley, Thyane e Sabrina”, disse o o advogado Willer Tomaz.
Ele afirmou ainda que “a acusação foi motivada em suposições que sequer constituem crime, o que por si só já configura um excesso flagrante por parte do Ministério Publico, tendo a decisão do Superior Tribunal de Justiça nada menos que reconhecido essa situação de abuso de poder”.
O Ministério Público foi procurado para comentar o caso, mas ainda não se manifestou.
SUSPEITAS
A motivação para a investigação surgiu após o dia 8 de julho do ano passado, quando Wesley e Thyane, além da assessora, publicaram imagens da vacinação em Fortaleza.
Segundo informações confirmadas pela SMS, Wesley estava agendado para receber a primeira dose do imunizante nesse mesmo dia, mas no Centro de Eventos do Ceará (CEC).
Enquanto isso, a assessora dele, Sabrina Brandão, também estava com agendamento para o mesmo dia e local, mas no estacionamento do CEC. Já Thyane Dantas, que não tinha a idade contemplada pelo esquema vacinal naquele momento, sequer tinha registro de agendamento no sistema da Prefeitura de Fortaleza.
Os três foram a um shopping da Capital onde estava sendo aplicado o imunizante da Janssen – até então, ministrado em dose única.
Fonte: Diário do Nordeste