O criminoso preso em SP, que figurava na lista dos mais procurados do Ceará, movimentava R$ 2 milhões por mês com o comércio de drogas na Região do Cariri, onde ele era o principal fornecedor de entorpecentes.
Os detalhes sobre o envolvimento de Damião Érico Cavalcante Nicolau, de 35 anos, em atividades ilícitas foram divulgados pela Polícia Civil nesta quarta-feira (27), um dia após a prisão do suspeito em São Paulo.
Também conhecido como “Damiãozinho”, “Gaspar”, “Vela” ou “Gringo”, ele administrava um negócio de fachada com a esposa. O empreendimento era de confecção de roupas femininas e servia como depósito de drogas que eram posteriormente enviadas para o Ceará.
“Ele era o principal fornecedor de drogas para o Sul do Ceará. Muita droga que ele mandava, depois que chegava no Sul do Ceará, era distribuída para outros pontos de venda no Estado”, explica Sandro Caron, titular da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS).
Além do tráfico e associação para o tráfico de drogas, o suspeito responde a homicídios e roubo. Contra ele, havia cinco mandados de prisão em aberto. Ele é apontado como o responsável pela contratação dos executores de um policial morto em Juazeiro do Norte, em 2011.
Damião chegou a ser capturado no dia 8 de dezembro de 2017, mas quatro dias depois, ele e a esposa Adriana de Oliveira Feitosa, foram resgatados da Cadeia Pública de Milhã, no Sertão Central do Ceará. Na ocasião, um policial foi morto. O casal era considerado foragido desde então.
Em Jaguariúna, na região metropolitana de Campinas (SP), onde Damião e Adriana foram capturados, o casal “tinha vida boa”. “Viviam bem, mas não podiam aparentar um luxo excessivo, pois assim despertariam atenção das autoridades. tinham essa cautela de viver bem, mas com ganhos compatíveis ao de um comerciante de roupas”, diz Sandro Caron.
Na residência onde ele foi encontrado, foram apreendidos um revólver calibre 38 municiado, crack, cocaína, aparelhos celulares, uma balança de precisão, cadernos com anotações relacionadas ao tráfico de drogas, um carro, uma moto, além de mais de 140 quilos de insumos para fabricação e desdobramento de entorpecentes.
Fonte: Diário do Nordeste