Um estudante, de 18 anos, é suspeito de tentar estuprar uma aluna, de 14 anos, na última segunda-feira (31), no Colégio da Polícia Militar do Ceará General Edgard Facó (CPMGEF), em Fortaleza. O rapaz, que estaria no último ano do Ensino Médio, foi afastado, conforme a instituição.
Segundo o relato de discentes, o episódio teria acontecido em uma sala nas dependências da escola. Na ocasião, a vítima estaria sozinha com o jovem, que teria tentado violentá-la.
Ainda conforme os alunos, a garota já era importunada sexualmente pelo estudante, que chegou a enviar mensagens em que descrevia o que desejava fazer com ela.
Além da adolescente, outras estudantes da instituição já teriam sido assediadas pelo suspeito, que, inclusive, supostamente chegou a morder uma delas.
SUSPEITO FOI SUSPENSO
Em nota, a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) informou que, logo após tomar conhecimento, o CPMGEF ofereceu suporte psicológico e administrativo à vítima. Ela foi encaminhada à Delegacia de Defesa da Mulher de Fortaleza, onde o caso foi registrado inicialmente.
Ainda conforme o comunicado, o aluno, suspeito do ato, se encontra suspenso do colégio. “Todas as medidas necessárias estão sendo adotadas”, disse a instituição de ensino.
A Polícia Civil, através da Delegacia de Combate à Exploração da Criança e do Adolescente (Dceca), informou que investiga a denúncia sobre o caso, registrado em boletim de ocorrência, e realiza oitivas.
ALUNOS E PAIS PROTESTAM
Nesta quinta-feira (3), dezenas de estudantes e de responsáveis se reuniram em frente ao colégio, localizado no bairro Antônio Bezerra. Alguns dos presentes vestiam roupas pretas e impunham cartazes condenando o caso e pedindo justiça.
Para a mãe de uma das alunas, o episódio foi a “gota d’água” diante de inúmeras ocorrências registradas no CPMGEF. Que, segundo ela, seriam resolvidas, mas provocariam desgastes. “Assédio moral, assédio sexual, alunos são silenciados, perseguição. Os alunos estão revoltados por situações que acontecem e são silenciados”, detalhou.
Existe um grande número de alunos. A falta de monitoramento é muito grande, porque existem poucos monitores para uma quantidade de 2 mil alunos. E muitas coisas que acontecem aqui não chegam na direção da escola. Não tem um monitoramento, algo que seja fiscalizado, um trabalho mais próximo dos alunos”, relatou.
Fonte: Diário do Nordeste