O início da quadra chuvosa no estado está relacionado a uma série de medidas preventivas e ações especiais no sistema de esgotamento sanitário para evitar a sobrecarga da rede de coleta nesse período. A Ambiental Ceará, empresa responsável pela operação do esgoto em 24 cidades cearenses, incluindo Fortaleza, está realizando desde serviços preventivos de limpeza e desobstrução de redes a melhorias estruturais em Estações de Tratamento e Elevatórias de Esgoto (ETEs e EEEs) para garantir mais segurança e eficiência operacional do sistema.
Em Fortaleza, as equipes da Ambiental Ceará realizaram limpeza e desobstrução de rede do Polo Turístico e Gastronômico da Varjota, e estão executando uma força-tarefa com o mesmo tipo de serviço em diversas áreas da cidade. Nos municípios da Região Metropolitana do Cariri atendidos pela empresa, foram mapeados 64 pontos críticos, com histórico de extravasamento, para monitoramento ainda mais dedicado neste período.
Estão previstas instalações de painéis de telemetria, que permitem monitorar ETEs e EEEs na Capital, em Caucaia e Trairi, e nos distritos de Lagoinha (Paraipaba), Croatá e Pecém (ambos em São Gonçalo do Amarante). Além disso, novos painéis de automação serão implantados nas Estações de Maracanaú, Eusébio, Aquiraz, Itaitinga e Maranguape.
Acompanhamento remoto
A Ambiental Ceará faz o monitoramento em tempo real, 24h por dia, de toda a operação de esgotamento sanitário e de mais 400 equipamentos, entre ETEs e EEEs, a partir dos Centros de Operação Integrada (COI), instalados em Fortaleza, Maracanaú e Juazeiro do Norte. As unidades de controle realizam, também, o acompanhamento de Poços de Visita (PVs), popularmente conhecidos como tampas de esgoto, por meio de sensores de volume. Quando a capacidade está acima do limite, o sistema emite um alerta e as equipes entram em ação, evitando extravasamentos.
Mais de 1.500 PVs foram nivelados e alinhados ao pavimento de avenidas e ruas de grande fluxo, nas cidades atendidas pela empresa. A medida proporciona mais segurança no trânsito, evitando o acúmulo de lâminas d’água em áreas de desnível que acabam causando acidentes; e permite o isolamento da rede subterrânea de esgoto, reduzindo a absorção de água da chuva.
A rede de esgotamento sanitário coleta o esgoto dos imóveis e o direciona para as Estações de Tratamento, onde será devidamente tratado antes de retornar ao meio ambiente. Já a rede de drenagem de água pluvial recebe a água proveniente das chuvas e direciona para rios, lagos e mares, evitando alagamentos nas cidades.
De acordo com Fernando Lima, diretor de Operações da Ambiental Ceará, além do despejo da drenagem, o descarte incorreto de lixo na rede de esgoto é um dos principais causadores de obstruções e outros problemas no sistema. Os itens mais comuns de serem encontrados nas tubulações são fraldas descartáveis, sacolas, preservativos e óleo de cozinha.
PPP do esgotamento sanitário
Por meio da Parceria Público-Privada (PPP) firmada com a Cagece, a Ambiental Ceará é responsável pela ampliação, operação e manutenção do sistema de esgotamento sanitário em 24 municípios das regiões metropolitanas de Fortaleza e do Cariri. A PPP atende 4,3 milhões de cearenses e, ao todo, R$ 6,2 bilhões serão investidos em obras. A PPP visa promover o avanço do esgotamento sanitário para 90% da população até o ano de 2033, avançando para 95% em 2040.
Para solicitações de extravasamento, moradores podem entrar em contato com a Cagece pelos canais de atendimento como o aplicativo Cagece App (disponível para Android e iOS) ou por meio da Gesse, assistente virtual que atende no portal da companhia (www.cagece.com.br), além da Central de Atendimento (0800 275 0195).