Nesta terça-feira (15), o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Sandoval Feitosa, reforçou o compromisso da agência em colaborar com as investigações sobre a demora no restabelecimento do fornecimento de energia após um forte temporal atingir a região metropolitana de São Paulo na última sexta-feira (11). O evento, com ventos superiores a 100 km/h, deixou 2,3 milhões de consumidores sem luz, principalmente na área atendida pela Enel. Até o fim da tarde de segunda-feira (14), 96% das unidades afetadas já haviam sido reconectadas.
Feitosa destacou que, desde o início dos apagões, equipes técnicas da Aneel acompanham as ações da Enel. Além disso, a Aneel convocou outras empresas da região para fornecer suporte, e determinou a abertura de investigações para apurar as causas das falhas no serviço. Caso sejam identificadas transgressões, a agência pode recomendar ao Ministério de Minas e Energia a caducidade da concessão da distribuidora.
A Controladoria-Geral da União (CGU) também anunciou uma auditoria completa para apurar responsabilidades, avaliando inclusive a atuação da Aneel e da agência estadual de fiscalização. O Tribunal de Contas da União (TCU) iniciará sua própria análise, com o ministro Augusto Nardes, relator de processos sobre apagões anteriores da Enel, visitando São Paulo para se reunir com autoridades locais.
Feitosa garantiu que a Aneel continuará prestando contas às autoridades e órgãos de controle sobre as condições de fornecimento de energia em São Paulo, com equipes técnicas monitorando a situação nas áreas atingidas.
“Mais uma vez reafirmo a disponibilidade da Aneel para prestar aos órgãos de controle e autoridades públicas estaduais, federais e municipais todas as informações necessárias a respeito das condições de atendimento do fornecimento de distribuição de energia elétrica no estado de São Paulo”, disse Feitosa, assegurando que técnicos da Agência realizando inspeções nas áreas atingidas pela tempestade para avaliar a situação e cobrar das empresas distribuidoras as medidas necessárias para evitar novos apagões.