A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o primeiro registro sanitário da terapia gênica com células CAR-T, que utiliza células T para o combate ao câncer.
O produto para o tratamento é o Kymriah (tisagenlecleucel), da empresa Novartis Biociências, e será utilizado para terapia avançada de câncer hematológico, que é originado nas células sanguíneas.
No tratamento, as células T do paciente, que funcionam como “soldados” do sistema imunológico, são extraídas do sangue. São modificadas geneticamente para reconhecer o câncer e, depois, destruí-lo. Elas são redesenhadas em laboratório e depois devolvidas à corrente sanguínea. Em resumo: as próprias células do paciente são “treinadas” para combater o câncer.
O Kymriah é indicado para o tratamento de pacientes pediátricos e adultos jovens (até 25 anos de idade) com Leucemia Linfoblástica Aguda (LLA) de células B e para pacientes adultos com Linfoma Difuso de Grandes Células B.
Entenda como funciona a técnica
A estratégia da CART-Cell consiste em habilitar linfócitos T, células de defesa do corpo, com receptores capazes de reconhecer o tumor. O ataque é contínuo e específico e, na maioria das vezes, basta uma única dose (veja em detalhes no infográfico abaixo).
Foto: Roberta Jaworski/Arte g1
Aprovada em 2017 pela FDA, mas em estudos experimentais há mais de uma década, a terapia genética CAR-T Cell contra o câncer apresentou resultados positivos em análise de caso de dois pacientes, publicada no início de fevereiro pela revista “Nature”.