O açude Junco, na cidade de Granjeiro, no Cariri cearense, sangrou no domingo (17), após 10 anos sem atingir a capacidade máxima de volume hídrico. Os dados são da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh).
O reservatório, que é a principal fonte de abastecimento da cidade de Granjeiro, estava desde 2012 sem sangrar e chegou a secar em 2017, período em que a população da região ficou sendo atendida por uma série de poços perfurados na área do açude. Agora, são 26 açudes sangrando no Ceará.
Conforme Alberto Medeiros, gerente da Cogerh da Bacia do Salgado, a quadra chuvosa deste ano, com a chuva de 200 milímetros em Várzea Alegre, contribuíram para o aporte do açude Junco, que beneficiará os moradores.
“Ao longo dessa quadra chuvosa ele já vinha acumulando água, teve um aporte significativo e com essa chuva maior, de 200 milímetros, ele veio a verter. […] Com ele vertendo, não tem só a garantia da água do açude, como também a água do subsolo que abastece esses poços. Sem falar o ponto de vista turístico dos benefícios do açude Junco para a cidade de Granjeiro”, disse Alberto.
Ainda segundo o gerente da Cogerh, a capacidade de poluição do açude Junco é grande, devido à proximidade com a cidade. Por isso, é necessário cuidados da população.
“A gente tem o principal ponto lá que é a questão da cidade, que está no entorno dele, então a capacidade de poluição é muito grande. […] A população tem que entender que aquele reservatório está ali para atendê-la no seu consumo, na fonte de lazer e tem que evitar ao máximo pontos de poluição nesse reservatório”, afirma Alberto.
Fonte: G1