Foi em 05 de novembro de 2015, quando o Brasil acompanhou o caso do rompimento de uma barragem em Mariana, cidade de Minas Gerais. A situação ficou considerada como um dos maiores desastres ambientais do país: foram 40 milhões de metros cúbicos de rejeitos de mineração despejadas em comunidades, no Rio Doce e em seus afluentes, chegando ao Oceano Atlântico, e atingindo mais de 40 cidades.
Após 9 anos, o governo firmou acordo, nesta sexta-feira (25), com as empresas responsáveis para reparação integral e definitiva. Está previsto o pagamento de R$ 132 bilhões, dos quais R$ 100 bilhões representam novos recursos que devem ser pagos em até 20 anos, ao poder público para serem aplicados em diversas destinações.
Os outros R$ 32 bilhões serão utilizados para custeio de indenizações à pessoas atingidas e de ações reparatórias que permanecerão sob responsabilidade das companhias envolvidas, que alegam já terem desembolsado R$ 38 bilhões. A barragem do Fundão era administrada pela Samarco, empresa controlada pelas mineradoras Vale, companhia brasileira, e BHP Billiton, anglo-australiana.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao se dirigir aos principais atingidos, afirma que o acordo firmado foi “melhor do que o inicialmente previsto”. “Nem sempre o acordo contempla todas as pautas importantes que defendemos, mas, muitas vezes, pactuamos o possível. Para alcançar esses resultados, foram necessárias muitas conversas”, disse o líder do Governo Federal.