O Ministério da Defesa informou que, até o meio-dia de 3 de janeiro, 7 mil mulheres já se inscreveram no alistamento militar feminino, iniciado em 1º de janeiro de 2025. O processo é destinado a jovens que completam 18 anos em 2025 e concorrem a uma das 1.465 vagas disponíveis em Brasília e outros 28 municípios de 13 estados. O alistamento segue até 30 de junho e pode ser feito online ou presencialmente nas Juntas de Serviço Militar das cidades participantes.
O alistamento militar feminino é uma iniciativa inédita nas Forças Armadas e tem caráter voluntário. As interessadas podem escolher a Força a que desejam se incorporar — Exército, Marinha ou Aeronáutica — considerando a disponibilidade de vagas, aptidões individuais e as especificidades de cada instituição.
As etapas do processo incluem alistamento, seleções gerais e complementares, designação e incorporação. As candidatas passam por entrevistas, inspeções de saúde e testes físicos. As selecionadas serão incorporadas no primeiro ou segundo semestre de 2026 e ocuparão graduações iniciais de soldado (Exército e Aeronáutica) ou marinheiro-recruta (Marinha), com os mesmos direitos e deveres dos homens.
De acordo com o Decreto nº 12.154, de 27 de agosto de 2024, o serviço militar terá duração de 12 meses, podendo ser prorrogado por até oito anos. O Ministério da Defesa planeja aumentar progressivamente a participação feminina no serviço militar, com a meta de atingir 20% das vagas.
Mulheres nas Forças Armadas
Atualmente, as Forças Armadas contam com 37 mil mulheres, representando cerca de 10% do efetivo total. Elas atuam principalmente nas áreas de saúde, ensino e logística, além de acessarem a área combatente por meio de concursos específicos para instituições como o Colégio Naval (Marinha), a Escola Preparatória de Cadetes do Exército (EsPCEx) e a Escola Preparatória de Cadetes do Ar (EPCAR).