O debate realizado na sexta-feira (27), promovido pelo Portal No Cariri Tem e a FM Padre Cícero, contou com a participação dos candidatos Sued Carvalho (UP), Lino Alves (PCO), e Glêdson Bezerra (Podemos), mas foi a ausência de Fernando Santana (PT) que chamou a atenção. Apesar de confirmado, o candidato não compareceu e não apresentou justificativa até o início do evento.
Durante o debate, Glêdson Bezerra, atual prefeito e candidato à reeleição, lamentou a ausência de Santana, destacando que esperava a presença de seu principal oponente. “É uma tristeza não ter aqui o candidato Fernando Santana para debater conosco”, afirmou o prefeito. Glêdson foi sorteado para abrir o debate e escolheu direcionar sua primeira pergunta a Sued Carvalho, abordando o tema da infraestrutura.
Sued Carvalho apontou os desafios enfrentados por bairros mais afastados de Juazeiro do Norte, como o Triângulo, Frei Damião e Campo Alegre, e reforçou a necessidade de um planejamento adequado para resolver problemas de pavimentação e drenagem. “Precisamos ouvir as demandas da população e direcionar o orçamento de forma a resolver essas questões emergenciais”, afirmou.
Lino Alves (PCO) direcionou suas críticas ao sistema econômico nacional e propôs um salário mínimo de R$ 7 mil como solução para a realidade dos trabalhadores. Segundo ele, o Fundo Monetário Internacional (FMI) influencia diretamente nas dificuldades enfrentadas pelo país.
Glêdson Bezerra aproveitou o momento para ressaltar os avanços da sua gestão, como o crescimento econômico de Juazeiro do Norte e a gestão fiscal positiva.
No decorrer do debate, Glêdson também abordou o problema da drenagem na cidade, mencionando que os investimentos em infraestrutura só foram possíveis após o pagamento de dívidas de gestões anteriores. “Nós pagamos mais de oitenta e quatro milhões de reais da dívida que a turminha do Fernando Santana deixou em Juazeiro do Norte, e nós resolvemos pagar, porque era obrigação nossa”, declarou o prefeito.
O tema educação foi igualmente debatido, com Sued Carvalho criticando a desvalorização dos professores nas gestões anteriores. Ela também recordou a postura do ex-prefeito Raimundo Macedo, apoiador de Fernando Santana, durante greves da categoria. “Os professores foram muito desvalorizados na última gestão e também nas anteriores”, disse Sued, reforçou.
No encerramento do debate, a saúde foi um dos pontos centrais das discussões. Glêdson Bezerra destacou os investimentos realizados durante sua gestão, ressaltando o aumento significativo no financiamento da saúde pública em Juazeiro do Norte, que passou de R$ 1,5 milhão para R$ 8,5 milhões em 2024. O prefeito também mencionou a informatização do trabalho dos agentes comunitários de saúde, que receberam tablets e smartphones para aprimorar a coleta de dados e evitar a perda de informações, além de enfatizar a reabertura do Hospital Maria Amélia, do Sandu, e de 11 PSFs. “Estamos destinando 33% dos recursos do município para a saúde. Temos limitações, mas continuamos trabalhando para melhorar os serviços”, afirmou Glêdson.
Por outro lado, Sued Carvalho apontou a insuficiência de agentes comunitários de saúde no município e a sobrecarga enfrentada por esses profissionais. Segundo Sued, embora a informatização seja um avanço, ainda há deficiências na cobertura de saúde primária e na prevenção de doenças. Ela ressaltou a importância de valorizar esses profissionais, que desempenham um papel crucial desde os anos 90, quando ajudaram a reduzir a mortalidade infantil no Ceará. “Hoje, eles estão sobrecarregados e isso compromete a atenção primária. É preciso foco na saúde preventiva”, destacou Sued.
