Pela segunda vez, o Brasil recebeu a certificação que reconhece o país como uma federação livre do sarampo. O reconhecimento parte da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS), e já havia sido recebida em 2016, mas em 2018, as baixas coberturas vacinais permitiram a reintrodução do vírus no país.
O certificado foi recebido pelo presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, e a ministra da saúde, Nísia Trindade, na terça-feira (12). Agora, a recertificação marca a recuperação do status das Américas como uma região livre de sarampo endêmico. Segundo o Ministério da Saúde, o resultado parte das campanhas de vacinação nas fronteiras e em locais de difícil acesso, também na busca ativa de casos suspeitos, realização de Dia S de combate ao sarampo.
Em 2023, o Governo Federal chegou a financiar mais de R$724 milhões para promover a manutenção da eliminação das doenças. Entre as medidas, estavam os investimentos em vigilância em saúde, laboratórios estaduais, imunobiológicos, além de oficinas para todos os estados brasileiros sobre microplanejamento e multivacinação, realizadas nos 5.570 municípios.
O sarampo é uma doença viral altamente contagiosa que afeta principalmente crianças e pode causar complicações graves, como diarreia intensa, infecções de ouvido, cegueira, pneumonia e encefalite (inflamação do cérebro). Algumas dessas complicações podem ser fatais.