O Brasil está em uma curva acentuada de casos de dengue. Apenas nos quatro primeiros meses de 2024 já foram registrados 4,1 milhões de casos prováveis e 1.937 óbitos confirmados pela doença. Além disso, 2,3 mil mortes seguem em investigação. Os dados são do Painel de Arboviroses do Ministério da Saúde desta segunda-feira (29).
A faixa etária mais afetada é de 20 a 29 anos, que concentra a maior parte dos casos. Já a faixa etária menos atingida é a de crianças menores de 1 ano, seguida por pessoas com 80 anos ou mais e por crianças de 1 a 4 anos.
Desde a série histórica, que foi iniciada em 2000, este é o maior número já registrado. O recorde anterior de casos prováveis ocorreu em 2015, com 1.688.688. Já o terceiro ano com maior número foi 2023 com 1.658.816.
Com a alta incidência, nove estados do país (AP, ES, GO, MG, PR, RJ, RS, SC, SP) e o Distrito Federal, além de 592 municípios declararam emergência em saúde pública.
O Ministério da Saúde, anunciou, na última quinta-feira (25), a expansão da vacinação contra a dengue para mais 625 novos municípios e 6 estados brasileiros: Alagoas, Ceará, Piauí, Rio Grande do Sul, Sergipe e Mato Grosso. As novas regiões foram contempladas com a quarta remessa de 986,5 mil doses que também será destinada para os municípios beneficiados nas etapas anteriores, sendo 504,6 mil destinadas aos novos municípios e 481,9 mil para regiões beneficiadas nas etapas anteriores.
Ao todo são 25 estados da federação contemplados com a vacina. Com essas novas remessas que estão sendo distribuídas, o imunizante chegará a 1,3 mil municípios atendidos em todo o Brasil.
Como se proteger da doença?
Para evitar a dengue, a eliminação dos focos do mosquito segue como medida mais eficaz. As larvas do transmissor se desenvolvem em água parada. Dessa forma, é preciso empenho da sociedade para eliminar os criadouros com medidas simples e que podem ser implementadas na rotina, como tampar caixas d’água e outros reservatórios, higienizar potes de água de animais de estimação, tampar ralos e pias, entre outras.
O Ministério da Saúde sugere que a população faça uma inspeção em casa, pelo menos, uma vez por semana, para encontrar possíveis focos de larvas. Além disso, é necessário receber bem os agentes de saúde e agentes de combate às endemias. Por fim, recomenda-se como medida adicional de controle o uso de repelentes e a instalação de telas em portas e janelas, especialmente nas regiões com maior registro de casos.