Uma nova pesquisa do Observatório Brasileiro das Desigualdades revela uma queda de 40% na extrema pobreza no Brasil em 2023. O estudo destaca a redução em todas as regiões, com os maiores índices de queda no Norte e Nordeste. Entre os grupos analisados, o recorte de gênero e raça aponta uma redução significativa da extrema pobreza entre as mulheres negras.
Além disso, o relatório de 2024 indica uma queda de 20% no desemprego e um aumento real de 8,3% no rendimento médio dos trabalhadores. O ganho foi maior entre as mulheres (9,6%) do que entre os homens (7,7%).
O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, celebrou os resultados e afirmou que “estamos no caminho certo” para combater a fome e a extrema pobreza no país.
A região Norte apresentou a maior redução da extrema pobreza, com 45,1%, além de uma queda de 21,7% na taxa de desocupação e um crescimento de 11,34% na renda média da população.
O Observatório Brasileiro das Desigualdades, criado pelo Pacto Nacional pelo Combate às Desigualdades, tem como objetivo monitorar os indicadores de desigualdade no Brasil e fornecer dados para a formulação de políticas públicas.
Entre as políticas que contribuíram para esses resultados, destaca-se o Programa Bolsa Família (PBF), que, em 2023, ampliou sua cesta de benefícios. Atualmente, mais de 20,7 milhões de famílias são beneficiadas, com 83,5% delas sendo chefiadas por mulheres.
Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, do IBGE, já apontavam uma redução de 27,5% na taxa de pobreza em 2023, o que representa mais de 8,5 milhões de pessoas saindo da pobreza. Outro relatório, divulgado pelas Nações Unidas em julho, mostrou uma queda de 85% na insegurança alimentar severa no Brasil em 2023.