Crianças chegam em carros, ambulâncias e nos braços de mães desesperadas por atendimento devido ao aumento de síndromes respiratórias no Ceará. Na primeira quinzena de abril, a média da taxa de ocupação das Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) ficou em 91,15% e 94,65% para as enfermarias.
No igual período do último mês, essas médias foram de 80,64% e de 71,28%. Esses dados são referentes aos hospitais e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) monitoradas pela Secretaria da Saúde do Ceará referentes ao atendimento de Sindromes Respiratórias Agudas Graves (SRAG) não relacionada à Covid.
A Sesa também destaca a antecipação da fase pediátrica da Campanha de Vacinação contra Influenza como uma das medidas para o controle da situação.
A Secretaria orienta que os sintomas gripais em crianças devem ser inicialmente tratados em unidades da atenção primária e secundária, como postos de saúde e UPAs.
A demanda crescente de crianças precisando de atendimento médico também acontece na rede particular. Na Unimed, o problema também é associado ao período de chuvas.
“A Unimed Fortaleza ampliou o atendimento de urgência pediátrica nas suas unidades próprias – sem necessidade de agendamento – e em seu Pronto Atendimento Virtual, que está disponível para crianças e adolescentes de 0 a 17 anos”, informou em nota.
Na sexta-feira (22), o Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) requisitou que as Secretarias da Saúde do Estado (Sesa) e de Fortaleza (SMS) apresentem, em até cinco dias úteis, um plano de contingência que garanta atendimento adequado à população infantil.Conforme o MPCE, também no período de até cinco dias úteis, a 137ª Promotoria de Justiça de Fortaleza requisitou à Sesa e à SMS que apresentem as seguintes informações:
Dados referentes à quantidade de crianças e adolescentes que estão em filas aguardando transferências para UTIs e Enfermarias pediátricas no período dos últimos seis meses;
Quantidade de crianças e adolescentes que foram efetivamente internados durante o período, com tabela comparativa dos casos que necessitavam de internação em UTIs e enfermarias e casos regulados, mês a mês, até o dia 21 de abril de 2022.
Fonte: Diário do Nordeste
Foto: Fabiane de Paula