Os indicadores de novos casos de Covid-19 no Ceará, além de atendimentos em Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e solicitações de leitos, vêm caindo desde o fim de janeiro, após o governo estadual anunciar que os dados estavam estáveis, mas com tendência de queda. Por outro lado, o número de mortes e de internações em UTIs, ou seja, os casos mais graves da doença, continuam subindo.
O g1 reuniu uma série de indicadores da Covid-19 que indicam queda ou incremento na circulação do vírus no Ceará. Os números comparam as três últimas quartas-feiras (9 e 2 de fevereiro, e 26 de janeiro). Foram condensados dados do IntegraSUS, da Secretaria da Saúde do estado (Sesa) e do Consórcio dos Veículos de Imprensa.
Casos de Covid-19
A média móvel de casos de Covid-19, conforme dados reunidos pelo Consórcio dos Veículos de Imprensa, indica queda de 66% em uma semana, quando comparadas as médias dos sete dias anteriores aos dias 2 e 9 de fevereiro deste ano. Apesar disso, o estado continua registrando mais de 3 mil casos diários.
Em janeiro, o Ceará ultrapassou a marca de 1 milhão de casos confirmados da doença, no auge das infecções pela variante ômicron, que é a variante do vírus mais contagiosa já identificada e provoca casos graves e mortes principalmente em não vacinados. Ao todo, o estado já soma 1.195.043 confirmações da virose.
A média móvel de óbitos provocados pelo vírus no Ceará subiu 12% em uma semana, indo de 41 falecimentos, em 2 de fevereiro, para 46, no dia 9. Contudo, há uma redução na velocidade de crescimento desse indicador, uma vez que na semana anterior, entre 26 de janeiro e 2 de fevereiro, o crescimento foi de 105%.
Os casos graves, que podem evoluir para óbitos, ocorreram principalmente com pessoas não vacinadas, conforme o governo do estado, especialmente em pessoas que tinham algum fator de risco, como a idade acima de 60 anos ou comorbidades.
Um estudo da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (Famerp), no interior de São Paulo, constatou que a vacinação contra a Covid-19 reduziu o risco de internação e mortes pela doença mesmo em pacientes que tinham várias comorbidades, como problemas de coração e diabetes.
Segundo a análise dos pesquisadores, entre os vacinados, apenas a idade acima de 60 anos e a doença renal permaneceram como fatores de risco.
Já problemas de saúde como os de coração, fígado, neurológicos, diabetes ou comprometimento imunológico foram relacionados a um risco maior de internação pela Covid apenas para os não vacinados.
Os casos mais graves de Covid-19, que reverberam em necessidade de acompanhamento de pacientes em unidades de terapia intensiva (UTI), continuam em crescimento. Em duas semanas, segundo dados do IntegraSUS, da Secretaria da Saúde do Cerá (Sesa), houve aumento de 24,7%. Em números totais, no dia 26 de janeiro, 214 pessoas estavam em UTIs; nesta quarta, o índice chegou a 267.
Via: g1