Em 2022, 837 mil pessoas no Brasil viviam em domicílios coletivos, representando 0,4% da população total do país. Desse total, 57,2% estavam em penitenciárias e 19,2% em asilos, de acordo com o levantamento do “Censo Demográfico 2022: Tipos de domicílios coletivos, improvisados, de uso ocasional e vagos: Resultados do universo”, divulgado pelo IBGE nesta sexta-feira, 6 de setembro.
O maior número de moradores em domicílios coletivos estava em penitenciárias, centros de detenção e similares, somando 479 mil pessoas, o que equivale a 0,2% da população brasileira. “Para o Censo 2022, domicílios coletivos foram definidos como uma instituição ou estabelecimento onde a relação entre as pessoas que nele se encontravam, na data de referência, era regida por normas de subordinação administrativa”, explica Bruno Perez, analista do IBGE.
Os asilos ou outras instituições de longa permanência para idosos foram o segundo tipo mais frequente de domicílio coletivo, com 161 mil pessoas, representando 0,1% da população. Outros tipos de domicílios coletivos incluíam hotéis, pensões, alojamentos, clínicas psiquiátricas, orfanatos e abrigos, entre outros.
O Censo 2022 também traçou um perfil detalhado dos moradores desses domicílios coletivos, revelando que a maioria dos residentes em penitenciárias era composta por homens jovens, com idades entre 20 e 39 anos. “É preciso considerar que os domicílios desse tipo têm uma concentração de moradores de grupos etários mais jovens, nos quais as taxas de analfabetismo, na população em geral, já são bastante reduzidas”, ressalta o analista.
Em contrapartida, nos asilos, a maioria dos residentes era composta por mulheres (59,8%), refletindo a maior expectativa de vida feminina. No entanto, foi também nos asilos que se registrou uma das maiores taxas de analfabetismo (31,0%), superando a média nacional para pessoas acima de 60 anos.
A divulgação dos dados do Censo 2022 ocorreu na Casa Brasil IBGE, no Palácio da Fazenda, no Rio de Janeiro, e contou com transmissão ao vivo pelo IBGE Digital. As informações detalhadas estão disponíveis nas plataformas Sidra, PGI e Panorama do Censo.