A Pré-Estação 2021/22 no Ceará terminou acima da média. Os dados da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) indicam que o acumulado foi de 210,3 milímetros, o que representa 61,4% acima da normalidade.
Entre dezembro e janeiro, somente o Litoral Norte apresentou precipitações dentro da normal histórica. A macrorregião mais chuvosa foi o Cariri, no sul do Estado, onde o acumulado bimestral foi de 360,3 mm, representando um desvio positivo de 67,1%.
O resultado da Pré-Estação foi, inclusive, o melhor desde o mesmo período entre 2010/2011, quando o resultado foi de 295,5 milímetros.
“Em termos gerais, o período foi marcado pela atuação da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) que esteve posicionada próximo ao sul do nordeste do Brasil (na altura da Bahia) e pela presença do Vórtice Ciclônico de Altos Níveis (VCAN). Entre a segunda metade de dezembro e a primeira quinzena de janeiro, houve episódios de ZCAS próximo ao sul do Nordeste do Brasil, que influenciaram na formação de áreas instabilidade sobre o estado, as quais ocasionaram chuvas em boa parte dos municípios cearenses”, explica o meteorologista Bruno Rodrigues.
Já a partir da segunda quinzena de janeiro, as precipitações registradas estiveram associadas a presença do Vórtice Ciclônico de Altos Níveis (VCAN). O posicionamento favorável desse sistema meteorológico, também auxiliou na formação de áreas de instabilidade sobre o Estado, proporcionando chuvas em todas as macrorregiões.
A Funceme explica ainda que, além desses sistemas meteorológicos citados, alguns efeitos locais como: temperatura, relevo e brisa marítima e terrestre, também contribuíram para as chuvas.