Ao possibilitar novas formas de trabalho, o metaverso promete ser um verdadeiro divisor de águas no mercado de trabalho. Apesar de ainda não estarmos vivendo a democratização da realidade virtual, a maioria dos cargos já estão exigindo maior conhecimento tecnológico e muitos empregos, como piloto de avião, vendedor de loja física e porteiros, estão sendo extintos conforme a tecnologia avança.
Desde a pandemia, as dinâmicas corporativas já estavam sofrendo mudanças como a utilização de ferramentas de videoconferência e a colaboração online, por conta do home office. Mas não foi somente por necessidade que as empresas optaram por investir em tecnologia.
A possibilidade de criar novos produtos, serviços e, até mesmo, empresas dentro da internet atraiu os olhares das maiores companhias do mundo, como Meta, Microsoft e Nike, que já investiram milhões em material e equipe para desenvolver suas próprias tecnologias dentro do metaverso.
No entanto, uma dúvida permanece: “O que eu preciso entender sobre o metaverso para me manter no mercado de trabalho? Afinal, o meu emprego corre perigo?”
Como o metaverso vai mudar o mercado de trabalho?
A geração Z, representada por todos aqueles nascidos entre 1995 e 2010, já era 31,5% da população mundial em 2019. No mercado de trabalho, esses jovens de 27 a 20 anos preenchem, hoje, boa parte dos cargos, principalmente em empresas de tecnologia e comunicação. Enquanto, para a antiga geração, existia uma diferença nítida entre o que era real e o era virtual, para a nova geração de trabalhadores, que nasceu no boom da tecnologia, as duas realidades se mesclamconstantemente.
Não é à toa que, segundo levantamento da AlmapBBDO, 20% da geração Z prefere trabalhar em home office, 16% em escritório corporativo e 38% não vê diferença entre essas duas opções.
De acordo com uma pesquisa global realizada pela Accenture, 90% dos executivos de varejo afirmam que as organizações líderes vão ultrapassar os limites do mundo virtual para torná-lo cada vez mais real, o que aumenta a necessidade de integração e navegação perfeitas entre os mundos digital e físico.
A era do metaverso já começou para as empresas
Segundo Jull Standish, diretora-geral e chefe global de Retail na Accenture, “A era do Metaverso já começou e para as empresas voltadas ao consumidor; essa não é uma simples questão de sim ou não, mas de como embarcar nessa nova onda”.
Cada vez mais, as chefias entendem que um negócio bem sucedido deve ser capaz de atender as necessidades digitais dos novos consumidores. Segundo a mesma pesquisa, 55% deles concordam que suas vidas e meios de subsistência estão migrando para espaços digitais. Além disso, 83% dos consumidores demonstram interesse em fazer compras pelo Metaverso.
O profissional do futuro estará no metaverso
Nesse cenário, as empresas – principalmente aquelas voltadas ao consumidor, bens de consumo e educação – perceberam a necessidade de aumentar os seus investimentos em equipe e tecnologia voltada às realidades imersivas.
Segundo Izabela Anholett, CTO (Diretora de Tecnologia) da EXAME com mais de 15 anos de experiência no mercado, “Muitas profissões, como operador de telemarketing, caixa de supermercado, motorista e analista de suporte de TI, podem sumir com o avanço destas tecnologias do metaverso. Mas se pensarmos em profissões que mudarão e precisarão se adaptar, serão todas”.
Muitas empresas já entenderam que o caminho para o sucesso é estar nesse novo mundo digital. No entanto, encaram um grande problema: por ser uma tecnologia recente, ainda há poucos profissionais capacitados para implementá-la dentro das empresas. Para Anholett, aqueles que se anteciparem e começarem a se aprofundar no assunto agora conseguirão ocupar os melhores espaços.
Fonte: Exame