A taxa de desocupação no Brasil caiu para 6,4% no trimestre encerrado em setembro de 2024, uma redução de 0,5 ponto percentual (p.p.) em comparação ao trimestre anterior (abril a junho, com 6,9%) e de 1,3 p.p. em relação ao mesmo período de 2023 (7,7%). Este índice é o segundo menor registrado pela PNAD Contínua desde seu início em 2012, atrás apenas do trimestre encerrado em dezembro de 2013 (6,3%).
A população desocupada, de 7,0 milhões, diminuiu em ambas as comparações: -7,2% (menos 541 mil pessoas) no trimestre e -15,8% (menos 1,3 milhão de pessoas) no ano, sendo o menor número desde janeiro de 2015. Já a população ocupada, de 103,0 milhões, atingiu novo recorde desde 2012, com alta de 1,2% (1,2 milhão de pessoas) no trimestre e 3,2% (3,2 milhões) no ano. O nível de ocupação subiu para 58,4%, a maior taxa para um trimestre encerrado em setembro desde o início da série.
A taxa composta de subutilização recuou para 15,7%, com queda de 0,8 p.p. no trimestre e de 1,9 p.p. no ano, atingindo seu menor nível para trimestres encerrados em setembro desde 2014. A população subutilizada (18,2 milhões) também caiu: -4,4% no trimestre e -9,8% no ano. A população fora da força de trabalho (66,4 milhões) teve leve queda de 0,4% no trimestre.
A taxa de informalidade ficou em 38,8% dos trabalhadores, com 40,0 milhões de pessoas informais. O número de empregados no setor privado alcançou 53,3 milhões, um recorde, com alta de 2,2% no trimestre e de 5,3% no ano. Dentro desse grupo, os empregados com carteira assinada somaram 39,0 milhões, enquanto os empregados sem carteira chegaram a 14,3 milhões, ambos também recordes históricos.
O rendimento médio real habitual, de R$ 3.227, permaneceu estável no trimestre e subiu 3,7% em um ano. A massa de rendimento habitual alcançou R$ 327,7 bilhões, com crescimento de 7,2% em comparação ao ano passado. Nos grupos de atividade, a indústria, construção, comércio, e transporte tiveram aumentos expressivos nos rendimentos em relação ao mesmo período de 2023.