Subiu para 266 o total de versões incluídas pelas montadoras no programa de carros mais baratos lançado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDCI) em 5 de junho. Essas versões correspondem a 32 modelos de nove montadoras.
Veja aqui a relação de todos os modelos e veículos incluídos.
Até o momento, o MDIC autorizou o uso de 170 milhões em créditos tributários, assim divididos: FCA Fiat Chrysler e Volks (R$ 30 milhões cada); GM, Peugeot Citroen, Hyundai e Renault (R$ 20 milhões cada); Honda, Nissan e Toyota (R$ 10 milhões cada).
Os recursos devem ser convertidos em descontos ao consumidor na hora da venda do veículo. O total equivale a 34% do crédito disponível para esta modalidade (R$ 500 milhões). Em relação ao primeiro balanço do programa, houve aumento de R$ 20 milhões.
Desconto direto ao consumidor
O programa de redução de preço dos automóveis e de incentivo à renovação da frota de caminhões e ônibus foi construído pelo MDIC e pelo Ministério da Fazenda. Trata-se e uma ação conjuntural, de curto prazo, com objetivo de atenuar a crise em um setor que responde por 20% do PIB da indústria de transformação e está com 50% de sua capacidade instalada ociosa. Quando os recursos disponíveis se esgotarem (R$ 1,5 bilhão), o programa acaba.
O desconto é direto ao consumidor. No caso dos carros, vai de R$ 2 mil a R$ 8 mil; nos caminhões e ônibus, de R$ 33,6 mil a R$ 99,4 mil. Tais valores serão abatidos no momento da compra junto à concessionária.
O valor que a concessionária deixar de receber será coberto pela montadora, que reverterá o montante em crédito tributário.
Carro mais barato
Para definir os descontos dos automóveis o MDIC considerou três fatores: maior eficiência energética; maior densidade industrial (capacidade de gerar emprego e crescimento no entorno); e menor preço. Quanto maior a soma do carro nesses fatores, maior o desconto.
O desconto escalonado entre R$ 2 mil e R$ 8 mil foi aplicado a veículos com valor de mercado até R$ 120 mil. As montadoras podem dar descontos adicionais por conta própria, como já vem ocorrendo.
Caminhões e ônibus
No caso de caminhões e ônibus novos, o escalonamento seguiu apenas o critério do preço, e em proporção inversa ao usado nos carros, ou seja, os descontos aumentam conforme os veículos vão ficando mais caros. Podem ser adquiridos modelos leves, semileves, médios, semipesados e pesados; e ônibus urbanos e rodoviários.
Para participar do programa, a pessoa ou empresa interessada tem de entregar à concessionária um caminhão ou ônibus com mais de 20 anos de uso. Os veículos velhos devem ser encaminhados a recicladoras cadastradas nos Detrans.
Dez montadoras aderiam ao programa na modalidade ônibus e 12 na modalidade caminhões. O volume de recursos solicitados nos dois casos não sofreu alteração em relação ao primeiro balanço, ou seja: R$ 100 milhões para caminhões (ou 14% dos R$ 700 milhões disponíveis) e R$ 120 milhões para ônibus (ou 40% do dos R$ 300 milhões disponíveis).