Durante visita à China esta semana junto à comitiva do presidente Lula ao país asiático, o governador do Ceará, Elmano de Freitas, assinou três acordos com empresas chinesas. As iniciativas prometem impulsionar a economia do estado, especialmente na área de energias.
“Mais empregos aos cearenses! Realizamos nesta sexta-feira assinaturas importantes na China, com a presença do presidente Lula. Serão projetos fundamentais para garantirmos mais desenvolvimento ao nosso estado e, com isso, milhares de postos de trabalho à nossa população”, publicou o governador Elmano nas redes sociais.
O primeiro acordo assinado foi com o Grupo Mingyang Smart Energy para investimento e implantação do Centro de Tecnologia e Reparo de Aerogeradores no Estado do Ceará. O documento prevê a instalação de uma planta piloto de energia eólica offshore, além da produção de amônia e hidrogênio verde em território cearense.
A secretária das Relações Internacionais, Roseane Medeiros, destacou que essa assinatura representa um momento importante na cadeia eólica do Brasil e do Ceará. “A MingYang é uma empresa renomada internacionalmente, é a sexta maior fornecedora de aerogeradores do mundo. Possui uma experiência ímpar no mercado eólico e vai ser um destaque para atrair novos parceiros. Além disso, este e os demais acordos assinados pelo governador Elmano reforçam nossas relações com a China, que é uma parceira estratégica do Ceará”, disse.
Já com a empresa Spic, o acordo assinado garantirá a realização de estudos de viabilidade de projetos na produção de energia eólica onshore e offshore, solar, hidrogênio azul e verde e combustíveis dentro do Complexo Industrial e Portuário do Pecém.
“Esses acordos chegam para impulsionar a instalação do nosso hub de hidrogênio verde, uma oportunidade única para mudar a vida do Ceará e dos cearenses. Nossa expectativa é que esses acordos firmados com a China fortaleçam a parceria com o Complexo do Pecém”, destaca o presidente do complexo industrial e portuário, Hugo Figueirêdo.
O terceiro acordo assinado foi com o grupo Gansu Science & Technology Investment, que tem como objetivo incentivar o desenvolvimento comum de ambas as partes, por meio de consultas amigáveis e de acordos de princípios básicos de partilha de recursos, vantagens de complementaridade, cooperação “ganha-ganha” e desenvolvimento coordenado.
Relações do Ceará com a China
Em 2022, a China foi o segundo país em participação nas importações cearenses, com 28%, ficando atrás dos Estados Unidos (30%). O país asiático totalizou, ao longo do ano passado, US$ 1,36 bilhão em vendas ao Ceará, crescimento de 45% na comparação com o ano de 2021. Já nas exportações, de acordo com o ComexStat, a China responde por 1,7% das compras de mercadorias oriundas do estado.