O governador Elmano de Freitas entregou, nesta sexta-feira (10), a primeira licença prévia a uma empresa de produção de hidrogênio verde no Ceará. O documento foi entregue à multinacional australiana Fortescue. Além disso, também foi assinado o projeto de lei que permite a renovação da cessão do uso dos terrenos do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP) e da Zona de Processamento de Exportação (ZPE) a serem utilizados na implantação do projeto, ampliando para 40 anos, com possibilidade de renovação por igual período.
O chairman e fundador da empresa, Dr. Andrew Forrest AO, participou da reunião com o governador, parte do secretariado estadual, os senadores Augusta Brito e Cid Gomes, e outras autoridades.
A multinacional é uma das quatro empresas que possuem pré-contrato assinado com o Governo do Ceará para produção de H2V no Complexo Industrial e Portuário do Pecém. O presidente da Fortescue, Dr. Andrew Forrest AO, que já tinha se reunido com o presidente Lula e o governador Elmano de Freitas, nesta quinta-feira (9), em Brasília, elogiou o Ceará por sua determinação na pauta e destacou que esse foi um dos motivos de ser atraído para a produção no estado.
Para o superintendente da Semace, esse momento da aprovação de licença prévia da empresa Fortescue é o mais importante dos passos dados até a real implantação do projeto da empresa no Ceará. “Nessa etapa é onde é realizado o Estudo de Impacto Ambiental, e efetivamente se atesta a viabilidade do empreendimento nesta etapa. Porque ele pode ser ou não viável, e o que vai dizer é a análise feito pela equipe técnica da Semace”, explicou o superintendente da Semace, Carlos Alberto Mendes.
A partir dessa aprovação, a próxima etapa é a licença de instalação, que efetivamente permite o início das obras. “Na licença de instalação iremos analisar os planos básicos ambientais, e o projeto executivo”, acrescentou o superintendente.
Pioneirismo cearense
O Ceará já assinou 34 memorandos de entendimento com empresas nacionais e internacionais para a cadeia de produção do hidrogênio verde no CIPP, e quatro pré-contratos assinados. A sinalização é de que os investimentos possam passar de R$ 145 bilhões no Ceará.