Docentes da UFC, UFCA e UNILAB recusaram, nesta quinta-feira (23), a última proposta do governo de recomposição salarial e definiram os termos de nova contraproposta.
A votação – que ocorreu por unanimidade na Assembleia Geral da ADUFC – confirma a manutenção da greve docente e exige a continuidade das negociações com o governo federal.
Estão entre as deliberações, negar o reajuste de 0% em 2024, exigindo pelo menos o IPCA do ano passado; destinar para o reajuste linear o valor integral previsto para a reestruturação da carreira; estabelecer data-base para a recomposição; manter a mesa da carreira como permanente; e protocolar liminar na Justiça para impedir que o Proifes, ou outra entidade sem representatividade, assine o acordo com o governo.
Ainda foram aprovados manter a pauta do revogaço de medidas atacando servidores; reforçar as campanhas de comunicação nas redes sociais sobre a manutenção da greve; reafirmar a importância das ações de Brasília – das quais a ADUFC já tem participado semanalmente; defender que aposentados sejam contemplados em todas as pautas; e fortalecer a campanha “Sem TAE não há acordo”, confirmando que a greve docente seguirá solidária à dos técnico-administrativos/as. A Assembleia Geral delegou ao Comando Nacional de Greve (CNG) do ANDES-SN a sistematização e o encaminhamento da proposta a ser enviada ao governo federal, a partir das decisões das assembleias nos estados.
“Esse é o momento decisivo para a nossa negociação. O movimento não está menor. Semana passada ainda teve universidade que entrou em greve. Essa é uma espécie de desinformação para a gente passar a desacreditar na força do nosso movimento. Isso é jogada do governo”, disse a presidenta da ADUFC, Profª. Irenísia Oliveira. E acrescentou: “No início, o (ministro Fernando) Haddad falou que o Orçamento estava fechado. Se a gente tivesse acreditado, ainda estaríamos com a primeira proposta”.