Três anos atrás, no dia 19 de março de 2020, o então governador do Ceará, Camilo Santana (PT), decretou que todos os estabelecimentos públicos e privados do Estado, com exceção de serviços essenciais, tinham de fechar por, pelo menos, dez dias. O isolamento social foi a primeira investida drástica do Governo para tentar conter o avanço de uma infecção viral avassaladora e inédita para o mundo todo: a Covid-19.
RELEMBRE O PRIMEIRO DECRETO DE CAMILO
No dia 19 de março de 2020, embora o mundo inteiro estivesse em alerta sobre a possibilidade de uma explosão de casos simultâneos da Covid-19, e que a própria Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciasse um alarme “em alto e bom som” da gravidade da situação, no Ceará, o medo da pandemia ainda não era unânime quando Camilo determinou que a maior parte da população ficasse em casa por dez dias.
Até porque, à época, nem todo mundo tinha ainda sentido os efeitos diretos da infecção, nem o Estado tinha sofrido as milhares de mortes que sofreu depois devido aos agravos provocados pelo coronavírus no corpo.
Foi proibido o funcionamento de bares, restaurantes e lanchonetes; templos, igrejas e demais instituições religiosas; museus, cinemas e outros equipamentos culturais, públicos e privados; academias, clubes e centros de ginástica; lojas ou estabelecimentos que praticassem o comércio ou prestassem serviços de natureza privada; shoppings centers, galerias/centros comerciais; feiras, exposições e até algumas indústrias.
Três anos, 676,5 milhões de casos confirmados e 6,8 milhões de mortes depois, a crise sanitária mundial parece, enfim, ter arrefecido. Mas, não tem sido fácil. Foi preciso desenvolver vacinas, remédios e tratamentos em tempo recorde para driblar mutações do vírus, curar os infectados e diminuir a mortalidade pela doença.
Neste momento, inclusive, o enfrentamento à pandemia entra em outra etapa: no Brasil, estão sendo aplicadas doses de um imunizante bivalente contra a Covid-19 em todos os públicos considerados prioritários: idosos, imunossuprimidos, gestantes, puérperas, pessoas com deficiência (PCDs), indígenas, ribeirinhos, quilombolas, trabalhadores da saúde e outros. Tudo para evitar que novas ondas simultâneas de casos voltem a acontecer.
Nesta segunda-feira (20), o Ceará entra na terceira fase dessa etapa e começa a imunizar gestantes e puérperas com doses da vacina que protege tanto contra a cepa original do coronavírus como da variante Ômicron, responsável por periódicos aumentos do número de casos da doença.
No Estado, nas próximas fases da campanha vacinal, serão imunizados, também, profissionais da saúde e pessoas com deficiência permanente, além da população privada de liberdade, dos adolescentes que cumprem medidas socioeducativas e dos funcionários do sistema estadual de privação de liberdade.
Àquele ponto, já era proibido qualquer tipo de aglomeração de pessoas. Não era possível ir a praias, o serviço de transporte intermunicipal havia sido suspenso temporariamente e as pessoas que tinham sido contaminadas deveriam permanecer isoladas, em quarentena. No entanto, devido às incertezas sobre a contaminação e as formas de prevenção, ainda não era obrigatório o uso de máscara e de álcool em gel.
VEJA A EVOLUÇÃO DE CASOS E ÓBITOS CONFIRMADOS DA COVID-19 NO BRASIL
2020
- Casos: 7.716.405
- Óbitos: 195.725
2021
- Casos: 14.573.707
- Óbitos: 423.349
2022
- Casos: 14.041.169
- Óbitos: 74.779
2023
- Casos: 814.233
- Óbitos: 5.781
Total
- Casos: 37.145.514
- Óbitos: 699.634
Fonte: Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e Diário do Nordeste