Nesta quinta-feira (21), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva falou publicamente, pela primeira vez, sobre as revelações da Polícia Federal a respeito de um plano arquitetado em 2022 por militares para um golpe de Estado, que incluía o assassinato de autoridades por meio de tiros ou envenenamento.
“Eu sou um cara que tenho que agradecer agora, muito mais, porque eu tô vivo. A tentativa de envenenar eu e Alckmin não deu certo, nós estamos aqui”, disse Lula. O comentário foi feito durante um evento no Palácio do Planalto, onde o governo federal apresentou projetos de concessão de rodovias ao setor privado.
O presidente retomou o tema ao final de sua fala, afirmando que não busca revanche. “E eu não quero envenenar ninguém. A única coisa que eu quero é, quando terminar o meu mandato, que a gente desmoralize, com números, aqueles que governaram antes de nós”, declarou.
Lula destacou que sua meta é encerrar o mandato com resultados concretos: “Quero medir quem fez mais escolas, cuidou dos pobres, fez estradas e pontes, e mais pagou salário mínimo. É isso que conta no resultado da governança”.
Operação Contragolpe
As declarações de Lula ocorrem dois dias após a Polícia Federal deflagrar a operação Contragolpe, que prendeu cinco suspeitos de integrar uma organização criminosa que planejava um golpe de Estado para impedir a posse de Lula e restringir o Poder Judiciário.
Entre os planos do grupo, segundo a PF, estava o “Punhal Verde e Amarelo”, que previa um ataque em 15 de dezembro de 2022 para assassinar o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e o vice, Geraldo Alckmin.