Encontro entre o Ministro da Fazenda, Fernando Hadad, e o Presidente Lula deve definir o planejamento para o corte de gastos públicos do país. A medida foi solicitada pelo chefe do Governo Federal e deve avaliar o momento de pressão inflacionária e alta do dólar. Além disso, investidores e outros setores da política já vinham cobrando esse posicionamento.
A reunião entre os políticos se deu na tarde desta segunda-feira (04), e a expectativa é que as medidas sejam apresentadas nas próximas semanas. Entre elas, a equipe econômica vai propor um limite para despesas obrigatórias para preservar as regras previstas no arcabouço fiscal. Ficariam de fora do teto o aumento real do salário mínimo e a vinculação da aposentadoria ao mínimo.
Os economistas indicam que a agenda de cortes de despesas é importante para conter a dívida e evitar alta dos juros, que penalizam investimentos produtivos e o consumo da população. Entre as possibilidades, estão o corte em gastos com servidores, contenção de gastos previdenciários e a revisão de vinculações, como o piso da saúde e educação à receita.
Mudanças ou o fim do abono salarial, e dos benefícios previdenciários e assistenciais (como o seguro-desemprego) do salário mínimo, também integram a lista. Recentemente, surgiram notícias de que o governo estaria considerando mudanças no seguro desemprego e na multa de 40% de demissão sem justa causa, algo que foi negado pelo Ministério do Trabalho.