Na abertura da 79ª Assembleia Geral da ONU, o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva realiza discurso de quase 20 minutos, abordando temáticas sobre as guerras, mudanças climáticas, inteligência artificial, reforma tributária global e a fome, e reformas na ONU, propondo mais participação feminina nos cargos de chefia. O evento aconteceu em Nova York, nesta terça-feira(24).
Iniciando o discurso, Lula ressaltou a participação da delegação palestina, que participa pela primeira vez de uma sessão de abertura da Assembleia geral. Na sequência, ao citar a difícil aprovação das recomendações do Pacto do Futuro, debatidas no dia anterior à abertura da assembleia, Lula destacou o “paradoxo” vivido pela atual composição estrutural e decisória da ONU:
“Adotamos anteontem, aqui neste mesmo plenário, o Pacto para o Futuro. Sua difícil aprovação demonstra o enfraquecimento de nossa capacidade coletiva de negociação e diálogo. Seu alcance limitado também é a expressão do paradoxo do nosso tempo: andamos em círculos entre compromissos possíveis que levam a resultados insuficientes”, afirmou o presidente Lula
Em outro momento, atacou a priorização com gastos em armamentos, em detrimento do combate às desigualdades e às emergências climáticas: “Testemunhamos alarmante escalada de disputas geopolíticas e de rivalidades estratégicas. 2023 ostenta o triste recorde do maior número de conflitos desde a Segunda Guerra Mundial”.
O líder do Governo Federal do Brasil, propôs mudanças nos investimentos: “os gastos militares globais cresceram pelo nono ano consecutivo e atingiram 2,4 trilhões de dólares. Mais de 90 bilhões de dólares foram mobilizados com arsenais nucleares. Esses recursos poderiam ter sido utilizados para combater a fome e enfrentar a mudança do clima.”