Apesar do uso de máscara em ambientes fechados ter deixado de ser obrigatório no Ceará, com algumas exceções, o passaporte vacinal permanece sendo cobrado para a entrada em eventos e estabelecimentos, conforme o último decreto da governadora Izolda Cela (PDT) publicado nesta sexta-feira (15), no Diário Oficial do Estado.
A razão pela qual o uso das máscaras foi flexibilizado relaciona-se ao avanço na aplicação das vacinas contra a Covid-19. Com a imunização de quase 90% dos cearenses com o esquema vacinal completo (pelo menos as duas primeiras doses), considera-se um “bom nível de controle” da pandemia no estado, conforme Izolda Cela.
“Esse momento é importante, quando a decisão permite a desobrigação do uso de máscara nos ambientes fechados e lembrando uma coisa muito importante: as recomendações permanecem. O próprio decreto traz recomendações”, disse a gestora.
Para o epidemiologista Luciano Pamplona a cobrança do passaporte vacinal é muito importante porque funciona como um estímulo na busca pela vacinação, imunizando mais pessoas, especialmente agora quando se pensa em se poder recompor a vida como ela era.
“A cobrança do passaporte é importante nestes locais fechados como restaurantes, casas de shows, dentre outros locais, porque é uma medida que estimula a população a obter a imunização contra a Covid-19. Isso vai aumentar aos poucos o público com a terceira dose. Quem perdeu a vacina, quem não conseguiu se vacinar, vai procurar o local de vacinação e vai se vacinar. É importante esses estabelecimentos exigirem o passaporte. Quanto mais pessoas imunizadas, menos chances de propagação da Covid-19″, afirmou.
O passaporte vacinal contra a Covid-19 foi instituído oficialmente pelo governo do Ceará no dia 15 de novembro de 2021 para as pessoas terem acesso a eventos, restaurantes, bares e barracas de praia. Atualmente, as pessoas a partir de 18 anos devem apresentar o comprovante com as três doses da vacina, ou com duas doses, no caso daqueles que tomaram a vacina da Janssen.